Há um novo vírus transitando no Estado do Rio de Janeiro. Esta é a conclusão de um recente estudo do Laboratório de Virologia Molecular, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Provocada pelo vírus de mesmo nome e "primo" da Chicungunha, a febre de Mayaro é observada de forma endêmica na região Norte do país. A infecção pelo vírus, pertencente à família Togaviridae e ao gênero Alphavirus, causa febre alta e dores articulares crônicas, o que provoca confusão na tentativa de diagnóstico clínico, se baseado apenas nas características sintomatológicas das infecções.
A presença no Estado do Rio, entretanto, não surpreendeu os cientistas da UFRJ – há quase quatro anos, eles já alertavam sobre a possibilidade da existência do vírus em território fluminense, por meio de uma adaptação ao ambiente urbano.
Os três casos encontrados possuem características epidêmicas comuns: todos são de Niterói, provavelmente de pessoas infectadas que não viajaram para regiões endêmicas e identificados no ano de 2016.
Os pesquisadores agora realizam estudos para confirmar e aprofundar as características virais, epidêmicas e sorológicas das infecções. A população deve seguir os mesmos procedimentos já adotados para combater os mosquitos da dengue, entre eles evitar água parada e usar repelentes.