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Notícias | País Crise penitenciária

Rebelião deixa 15 mortos em penitenciária de Manaus

Local é o mesmo onde, em 2017, 56 presos foram mortos esquartejados e decapitados

Por Estadão Conteúdo
Publicado em: 27.05.2019 às 11:05 Última atualização: 27.05.2019 às 11:05

Foto por: AFP
Descrição da foto: Em 2017, briga entre facções deixou 56 mortos no mesmo presídio em Manaus
Quinze detentos foram mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, por volta das 12h30 deste domingo (26). Segundo a Secretaria de Comunicação do Governo do Amazonas, os óbitos aconteceram durante uma briga entre os presos. A situação foi controlada por volta das 15 horas, mas a falta de informações sobre as vítimas deixou dezenas de familiares sob tensão na entrada do Complexo. A unidade é a mesma onde em 2017 aconteceu um massacre que deixou 56 mortos.

O ataque começou durante horário de visita. Os parentes dos detentos foram retirados às pressas do local. Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado, coronel Louismar Bonates, alguns assassinatos ocorreram na presença de parentes das vítimas.

Um grupo de mulheres chegou a bloquear o trânsito da BR-174, que fica em frente ao Compaj, mas uma equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar desobstruiu a via sob protestos.

Ainda de acordo com o secretário, foi determinado o reforço em outras unidades do sistema prisional, por medida de precaução. Helicópteros do Departamento Integrado de Operações Aéreas fizeram sobrevoo no sistema, durante a tarde.

Não há informações sobre fugas e não houve agentes penitenciários reféns.

Bonates comunicou que a secretaria investiga a motivação do motim. "As câmeras internas registraram todos os crimes e vamos encaminhar as informações à Justiça", declarou.

Denúncia. O Ministério Público denunciou à Justiça 213 pessoas acusadas de envolvimento com as mortes cometidas em 1º de janeiro de 2017. A investigação mostrou que integrantes da facção Família do Norte (FDN) perseguiram, capturaram, torturaram e mataram rivais do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O ataque seria o primeiro de uma série de massacres que se repetiu em Roraima e no Rio Grande do Norte e é atribuída à disputa entre as facções pelo controle do mercado de drogas ilícitas.

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