Poucas horas após o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmar que o presidente Jair Bolsonaro não iria revogar os decretos das armas, o governo fez exatamente o contrário. Em uma edição extra do Diário Oficial da União, foi publicado a revogação dos dois decretos assinados em maio. No lugar, o presidente editou três novos decretos e enviou um projeto de lei ao Congresso Nacional sobre o mesmo tema.
Decreto 9.844: regulamenta lei sobre sobre a aquisição, o cadastro, o registro, o porte e a comercialização de armas de fogo e de munição e sobre o Sistema Nacional de Armas e o Sistema de Gerenciamento Militar de Armas
Decreto 9.845: regulamenta lei sobre a aquisição, o cadastro, o registro e a posse de armas de fogo e de munição.
Decreto 9.846: regulamenta lei sobre o registro, o cadastro e a aquisição de armas e de munições por caçadores, colecionadores e atiradores.
Senado e Câmara
No último dia 18, o plenário do Senado aprovou a revogação do decreto presidencial. Por 47 votos a 28, os senadores aprovaram um Projeto de Decreto Legislativo, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e de outros senadores, que susta os efeitos da flexibilização. A maioria dos senadores argumentou que a alteração das regras para o acesso às armas por meio de decreto era inconstitucional e deveria ser feita por projeto de lei.
Na semana passada, em sua conta pessoal no Twitter, o presidente disse que esperava que a Câmara não seguisse o Senado, mantendo a validade do decreto.