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Já sabe como investir o dinheiro do FGTS? Veja a dica dos economistas

Especialistas recomendam aplicação em fundos de renda fixa

Por Estadão Conteúdo
Publicado em: 05.08.2019 às 11:12 Última atualização: 05.08.2019 às 11:15

Foto por: Nattanan/Pixabay
Descrição da foto: Dinheiro pode render mais fora do FGTS
Aprovado o saque de R$ 500 dos recursos do FGTS nesta segunda-feira (5), a orientação dos especialistas é para que os trabalhadores saquem os recursos e se concentrem em quitar débitos ou fazer investimentos. "A primeira coisa que o trabalhador médio precisa pensar é em dívidas com juros mais altos, como cheque especial e cartão de crédito", alerta Rafael Pires, profissional da Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar).

O FGTS tem o rendimento de 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), que é definida pelo governo e atualmente está zerada. Por essa razão, até mesmo a caderneta de poupança, que hoje rende 70% da taxa básica de juros (Selic) + TR, tem desempenho melhor que o fundo. "Sacar o dinheiro é sempre ótimo", avalia Joelson Sampaio, professor e coordenador da graduação em Economia na FGV EESP. "Se o governo deixou, tira. O legal de sacar é que, quando você tem o dinheiro parado, não tem flexibilidade." Para Sampaio, até o saque para compras está liberado, desde que haja cautela. "Claro, depende do tipo de consumo. Se for algo que você precisa, como dar entrada num apartamento, trocar de carro ou terminar uma reforma, é ótimo, porque você evitar pagar juros para um banco, o que não é aconselhável." Apesar de abrir margem para investimentos financeiros e para compras, a coordenadora da graduação em Economia do Insper, Juliana Inhasz, alerta que o FGTS já tem por si só uma função vital.

Para Juliana, o caminho mais indicado é não gastar o dinheiro do FGTS com coisas supérfluas. "Se for retirar, é para aplicar."

 

Investimentos

Para Pires, da Planejar, uma das principais e mais seguras formas de investimento para o trabalhador que sacar o FGTS e não tiver dívidas acumuladas é o título público federal. "Qualquer Letra de Financiamento ao Tesouro ou fundo de renda fixa é o mais apropriado nesse caso. É um tipo de investimento a longo prazo, porque tem uma tabela regressiva [de cobrança de IR]. Se a pessoa pensa em retirar esse valor daqui a cinco meses, por exemplo, já não vale a pena."

Além desse modelo, outras formas de investimento em títulos públicos são a Letra do Tesouro Nacional (LTN) e a Nota do Tesouro Nacional (NTN). Para quem não tem experiência em aplicações, Sampaio, da FGV, aconselha a contratação de um fundo de investimentos. "A pessoa paga a taxa de iniciação para o gestor e não precisa se preocupar mais. O segredo é pesquisar quem tem a melhor cobrança aliada ao melhor desempenho", aconselha.

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