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Notícias | País Sequestro no Rio

'Fizemos o Pai Nosso junto com as vítimas e oramos pelo criminoso', diz governador do Rio

Wilson Witzel (PSC) chamou de 'sucesso' condução da Polícia

Por Estadão Conteúdo
Publicado em: 20.08.2019 às 11:05 Última atualização: 20.08.2019 às 11:05

Foto por: Mauro Pimentel / AFP
Descrição da foto: PRF também esteve envolvido na negociação com o sequestrador
O governador Wilson Witzel (PSC) foi à Ponte Rio-Niterói de helicóptero, abraçou os policiais e vibrou com a ação dos agentes de segurança. Um homem que fazia passageiros de um ônibus da Viação Galo Branco reféns na Ponte Rio-Niterói na manhã desta terça-feira (20) foi morto por atiradores de elite da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. "Fizemos a oração do Pai Nosso junto com as vítimas e oramos pelo criminoso que morreu", disse o governador.

O sequestro começou por volta das 5h30 e durou cerca de quatro horas. A arma usada era de brinquedo. Os passageiros foram libertados – nenhum dos 37 reféns ficou ferido. O sequestrador foi identificado como William Augusto do Nascimento. Ele afirmou que era policial, mas a informação foi negada pelo governo do Rio.

"Primeiro, eu quero agradecer a Deus. Não foi a melhor solução possível, o ideal era que todos saíssem com vida, mas tomamos a decisão de salvar os reféns", afirmou. "(Tomamos a decisão de) solucionar o problema rapidamente, foi um trabalho muito técnico da polícia, que usou atiradores de elite, eu fiquei monitorando o tempo todo."

Witzel disse que conversou com parentes do sequestrador, que pediram desculpas à população e aos reféns por seu comportamento. "Falaram que houve uma falha na educação, a mãe dele estava chorando muito", disse o governador. O Witzel informou que a recém-criada Secretaria de Vitimização irá cuidar não apenas dos 37 reféns, mas também da família do homem morto.

Foto por: TV Globo/Reprodução
Descrição da foto: Homem se identificou como PM para entrar no coletivo

Operação foi um 'sucesso'

O governador aproveitou o que chamou de "sucesso" da operação para comparar com a situação das comunidades, onde pelo menos cinco jovens foram mortos, vítimas de bala perdida na última semana. "Foi um trabalho de excelência, se a PM não tivesse abatido o criminoso, muitas vidas não teriam sido poupadas, e é isso que está acontecendo nas comunidades: se a polícia puder abater quem está de fuzil, muitas vidas serão poupadas", disse. "Fizemos a oração do Pai Nosso junto com as vítimas e oramos pelo criminoso que morreu."

Já o porta-voz da PM fluminense, coronel Mauro Fliess, considerou a ação policial bem-sucedida e parabenizou os agentes envolvidos na ocorrência.

"Essa é a polícia que queremos ver. Foi necessário o disparo de um sniper para neutralizar o marginal e salvar todas as pessoas do ônibus. Estamos prestando toda a atenção à saúde dos reféns e agindo com solidariedade. Parabenizo todos os envolvidos", afirmou o porta-voz. "Nenhum refém ferido, eles estão recebendo atendimentos médicos e psicológicos em caso de necessidade. Mas nenhum ferimento."

A arma do sequestrador era de brinquedo, mas, segundo o coronel Fliess, o homem jogou combustível no veículo e ameaçou incendiá-lo.

Ponte interditada

A Ponte Rio-Niterói foi totalmente interditada, no sentido Rio. Já o sentido Niterói foi temporariamente bloqueado, para implantação de faixa reversível, de acordo com a Ecoponte. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio) implantaram fechamentos também nos acessos à ponte pela Avenida Brasil e pelo Viaduto do Gasômetro.

A linha de ônibus 2520D da Viação Galo Branco saiu do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, em direção a Estácio, na região central do Rio. Cerca de 150 mil veículos passam por dia pela Ponte Rio-Niterói. Nos horários de pico, cerca de 8 mil carros passam por hora pela ponte.

 

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