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Notícias | País Pulmão do Planeta

Emmanuel Macron convoca o G7 pra discutir a situação da Amazônia

Bolsonaro rebate, alegando que o presidente francês tem 'mentalidade colonialista'

Por AFP
Publicado em: 22.08.2019 às 20:58 Última atualização: 22.08.2019 às 21:01

Foto por: Ludovic Marin/AFP
Descrição da foto: Presidente da França Emmanuel Macron durante coletiva de imprensa neste sábado

O presidente da França, Emmanuel Macron, ratificou nesta quinta-feira (22), que o grupo dos sete países mais ricos do mundo - o G7 -, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, precisa dar atenção e discutir sobre as queimadas que atingem a Amazônia. Macron fez uma convocação para que as nações debatam o tema dentro de dois dias.

Dentre os primeiros chefes de Estado, Macron é o primeiro a se manifestar diretamente sobre o assunto. Na quarta-feira (21), incêndios em diversos estados brasileiros como Acre, Pará e Amazonas, por exemplo, acabaram repercutindo em toda a imprensa internacional. Hoje, o Presidente da República, Jair Bolsonaro acusou Macron de atuar com "mentalidade colonialista" sobre as questões da Amazônia, após a convocação dos membros do G7 para discutir sobre a "crise" gerada pelos incêndios na região.

"Lamento que o presidente Macron busque instrumentalizar uma questão interna do Brasil e de outros países amazônicos para ganhos políticos pessoais. O tom sensacionalista com que se refere à Amazônia não contribui em nada para a solução do problema", disse Bolsonaro, acrescentando que o líder francês utilizou, inclusive, "fotos falsas".

"O governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI", completa Bolsonaro.

Crise internacional

Macron disse hoje que os incêndios que atingem a Amazônia são uma "crise internacional" e convocou os membros do G7 a discutir "esta emergência" na cúpula de Biarritz, prevista para este final de semana. "Nossa casa está em chamas, literalmente. A Amazônia, pulmão de nosso planeta, que produz 20% do nosso oxigênio, está pegando fogo. Essa é uma crise internacional. Membros do G7: vamos discutir esta emergência nos dois primeiros dias" da cúpula, tuitou o presidente.

 

Mas Macron acompanhou seu tuíte com uma foto tirada da Amazônia há 16 anos pelo fotógrafo americano Loren McIntyre. O líder francês se uniu com seu tuíte ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que se mostrou "profundamente preocupado" com os incêndios na Amazônia, após o presidente Jair Bolsonaro denunciar uma "psicose ambiental".

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