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Notícias | País Desastre ambiental

Petrobras identifica três campos petrolíferos da Venezuela como origem do óleo no nordeste

Isso não significa, porém, que a Venezuela tenha responsabilidade direta sobre o derramamento do óleo na costa brasileira

Publicado em: 26.10.2019 às 12:09 Última atualização: 26.10.2019 às 12:10

Manchas de óleo nas praias atingem dezenas de localidades no nordeste Foto: AFP
Os estudos técnicos realizados pela Petrobras sobre a origem do petróleo que contamina mais de 2,5 mil quilômetros do litoral do Nordeste confirmam não apenas que o produto teria origem na Venezuela, mas de quais campos venezuelanos o material foi retirado.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, segundo informações da petroleira repassadas à Marinha, a borra de petróleo tem origem em três campos específicos de exploração localizados no país vizinho. A constatação foi possível após a Petrobras comparar a composição química do material recolhido nas praias, com centenas de amostras de petróleo de todo o mundo, que a Petrobras mantém em um centro de pesquisas localizado na Ilha do Fundão, no Rio.

Isso não significa, porém, que a Venezuela tenha responsabilidade direta sobre o derramamento do óleo na costa brasileira, já que o material pode ter sido embarcado em navio de qualquer origem, inclusive embarcações ilegais.

Navio fantasma

A hipótese de que o piche lançado no mar brasileiro seja resultado da operação criminosa de um "navio fantasma" é, para a Marinha, uma das mais prováveis atualmente porque, segundo avaliações técnicas que já realizou, o produto que contamina as praias brasileiras não é comprado por nenhum outro País do mundo.

"Quando a gente fez a análise em mais de 30 amostras, concluiu que era de três campos venezuelanos, é um blend (uma mistura). A origem do petróleo é lá. A origem do vazamento é outra coisa, que a gente entende que é na costa brasileira. A Marinha e as universidades têm falado em torno de 300 km da costa", disse o diretor de Assuntos Corporativos da Petrobras, Eberaldo de Almeida Neto.

Após fazer cruzamento de uma série de dados, a Marinha enviou questionamentos técnicos formais a 30 embarcações que têm origem em 11 países. Todas elas passaram pela região no período investigado e possuem registros na Organização Marítima Internacional. As respostas a esses questionamentos ainda são aguardadas pela Marinha.

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