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Coronavírus: mercadoria vinda da China não representa perigo, mas segurança em portos gaúchos é reforçada

Ministério da Saúde afirma que o vírus apresenta risco de contaminação por 24 horas, o que dificulta a chegada no Brasil via mercadoria

Publicado em: 30.01.2020 às 19:58 Última atualização: 30.01.2020 às 20:15

O Porto de Rio Grande tem se reunido com a Anvisa, Agentes de Saúde do RS e do município de Rio Grande Foto: Divulgação / Porto de Rio Grande
Superintendência dos Portos RS redobra cuidados e plano de contingência contra coronavírus
A propagação do Coronavírus segue gerando preocupações na região em relação aos negócios. À frente da participação de curtumes em feiras internacionais, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) já debate a questão. "O CICB acompanha as repercussões e reflexos do Coronavírus na economia e na saúde pública mundial com atenção e tem monitorado de forma muito próxima todo e qualquer movimento relacionado a este assunto", consta em comunicado emitido pela entidade.

Além disso, a Superintendência dos Portos RS realizou um encontro com diversos atores do sistema portuário, bem como, das autoridades locais, para debater o assunto do Coronavírus que preocupa globalmente as autoridades de saúde. A Superintendência está reforçando todos os cuidados sobre o assunto, bem como, seguindo todas as orientações da Anvisa.

“O Porto de Rio Grande tem se reunido com a Anvisa, Agentes de Saúde do RS e do município de Rio Grande, além dos terminais portuários sob sua jurisdição, operadores e agências marítimas. Como seu Plano de contingência para eventos ligados à Saúde foi atualizado em novembro de 2019, os diferentes atores estão seguindo as orientações da Anvisa diariamente”, afirma o diretor de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança, Henrique Ilha.

“ Os navios oriundos da China enviam seu itinerário dos últimos Portos e a Declaração Marítima de Saúde 72 horas antes de entrar no Porto, assinada pelo comandante da embarcação, atestando o estado de saúde dos tripulantes”, explica ele. Por fim, a Portos RS já enviou avisos a todos os usuários acerca dos sintomas e cuidados a serem tomados e está ampliando os pontos para assepsia das mão com álcool gel. Além disso, está avaliando algumas alterações nos procedimentos de acompanhamento das tripulações que porventura efetuem trocas em Rio Grande, rastreando esses novos tripulantes , suas origens e estado de saúde.

Não há motivos para bloquear mercadorias vinda da China

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que não há motivos ou decisão sobre possíveis bloqueios a chineses ou produtos importados do país. Segundo ele, um possível bloqueio seria discutido com Ministério da Justiça e Itamaraty.

"Não temos nenhum motivo e nenhuma decisão para fazer bloqueio. Isso pode mudar, mas essa decisão não vai ser tomada exclusivamente pelo Ministério da Saúde. Vai ser interministerial, pois envolve outros aspectos além de saúde", afirmou.

De acordo com diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Júlio Croda, os relatos é de que o vírus apresenta risco de contaminação por 24 horas, o que dificulta a chegada no Brasil.

"A maioria dos produtos da China são transportados via marítima, ou seja, supera esse tempo. Não existe nenhum risco de contaminação de produtos vindos do país", disse.

A China é o epicentro do novo vírus. De acordo com o balanço do Ministério da Saúde, já foram confirmados 7.736 casos da doença no país e 170 mortes foram registradas. Há ainda suspeitas em relação a 12.167 pacientes.

*Com informações da agência Estadão Conteúdo

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