A Justiça brasileira aceitou nesta sexta-feira (14) a denúncia contra 11 funcionários da Vale e outros cinco da empresa alemã TÜV SÜD, acusados de homicídio pelo rompimento da barragem que causou 270 mortes no ano passado no município de Brumadinho.
Entre os acusados estão o ex-presidente da empresa brasileira, Fábio Schvartsman, além de diretores, gerentes, geólogos, engenheiros e consultores da mineradora e da empresa alemã de consultoria de risco, informou Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais em comunicado.
Os 16 funcionários respondem por "homicídio qualificado, crimes contra fauna, flora e crime de poluição".
O Ministério Público afirma que a Vale conhecia os riscos da barragem rompida em Brumadinho.
Após a aceitação da denúncia, inicia-se formalmente o trâmite judicial que determinará se os acusados são culpados ou inocentes.
O juiz recusou o pedido de prisão preventiva do alemão Chris-Peter Meier, gerente-geral da TÜV SÜD Brasil, com residência na Alemanha, que figura entre os denunciados.
O ocorrido em Brumadinho foi a segunda tragédia provocada pela ruptura de uma barragem em menos de quatro anos no País, depois de Mariana, em novembro de 2015, que deixou 19 mortos e provocou o maior desastre ambiental da história.