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“Uma coisa e você admirar uma pessoa, outra é conviver com ela”, disse o presidente Jair Bolsonaro no início de seu pronunciamento sobre a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ao lado dos ministros, o presidente alegou que Moro não teria compromisso com Brasil, mas “com seu ego”.
Bolsonaro pontuou que a decisão da demissão de Maurício Leite Valeixo, da direção-geral da Polícia Federal, aconteceu após conversa com o então ministro Moro na manhã de quinta-feira. “O Valeixo mesmo vinha falando desde janeiro que estava cansado”, disse o presidente, que então teria cobrado o ministro sobre uma decisão e então o presidente definiu pela exoneração de Valeixo. “Eu falei com ele [Valeixo] de noite por telefone e ele concordou”, disse.
O presidente rebateu Sérgio Moro no discurso, falando que nunca quis saber informações sobre operações da Polícia Federal e que nunca teria feitos pedidos para “blindar” sua família.
O presidente ainda tentou atacar o ex-ministro ao dizer que Moro teria concordado com a substituição na Polícia Federal, mas que ela deveria acontecer somente em novembro, se o presidente o nomeasse para o Superior Tribunal Federal. Mais cedo, durante coletiva, o ministro disse que uma posição no STF não seria seu desejo.
