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Notícias | País Em Curitiba

Moro presta depoimento à Polícia Federal neste sábado

Ex-ministro da Justiça será ouvido em inquérito sobre as acusação de que presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal

Publicado em: 02.05.2020 às 10:36 Última atualização: 02.05.2020 às 10:41

Sérgio Moro durante a coletiva de imprensa na qual anunciou sua demissão Foto: Marcello Casal Jr/ABR/Marcello Casal Jr/Abr
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, vai prestar depoimento neste sábado (2) à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República, em Curitiba (PR), sobre as acusações de intervenção de Bolsonaro na PF. Moro deixou o ministério na semana passada fazendo acusações diretas ao presidente e exibiu, no Jornal Nacional, da TV Globo, mensagem de Bolsonaro cobrando mudança no comando da PF, por causa de investigações envolvendo deputados bolsonaristas.

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As informações levaram o ministro do STF Alexandre de Moraes a determinar a suspensão do delegado Alexandre Ramagem no dia de sua nomeação, o que pegou o governo de surpresa e deixou Bolsonaro indignado. Se no dia o presidente disse que entendia e respeitava a decisão do Judiciário, no outro declarou que não tinha "engolido" ainda o assunto. O inquérito foi autorizado pelo STF e vai investigar se as acusações de Moro são verdadeiras. Se não forem, o ex-ministro poderá responder na Justiça por denunciação caluniosa e crimes contra a honra.

Na manhã deste sábado, o presidente Jair Bolsonaro disse que não será alvo de nenhum "golpe" em seu governo. A declaração foi dada a um grupo de apoiadores que se aglomeravam em frente ao Palácio do Alvorada. "Ninguém vai fazer nada ao arrepio da Constituição", disse Bolsonaro. "Ninguém vai querer dar o golpe para cima de mim, não", declarou. Após o comentário, Bolsonaro entrou no carro e partiu, sem dizer exatamente ao que se referia. A assessoria do presidente não informou o destino de Bolsonaro ao deixar o Alvorada.

Bolsonaro enfrenta um momento de forte desgaste com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e com o Supremo Tribunal Federal. No dia 20 de abril, ele participou de um ato público que pedia intervenção militar no País e o fechamento da Câmara e do STF.


Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada neste sábado, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, disse que, numa democracia, a maneira de se administrar a decepção é com eleições. "Impeachment é a última opção", afirmou. Sem se debruçar sobre acusações com potencial de levar Bolsonaro a deixar o governo depois de Dilma Rousseff (2016) e Fernando Collor (1992), o ministro foi taxativo: "É preciso que os fatos sejam graves, demonstrados".

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