A partir de ação movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal (PF) ainda no dia 29 de abril poucas horas antes da posse. A decisão monocrática foi mantida nesta sexta-feira (8). O presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao ministro um pedido de reconsideração para que Ramagem pudesse assumir o principal cargo da corporação.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, como a União determinou a suspensão do decreto de indicação do diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ao comando da PF, Moraes julgou que o pedido acabou sendo prejudicado. Já que, na visão do ministro, não há mais objeto. Pois o governo cancelou a nomeação e o processo foi arquivado.
Ramagem é próximo aos filhos do presidente, caso do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Além disso, a exoneração do antigo diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, foi a motivação principal para que o agora ex-ministro da Justiça Sergio Moro desembarcasse do governo Bolsonaro.
Em meio a este embate, o governo nomeou segunda-feira (4) o delegado Rolando de Souza – considerado como braço-direito de Ramagem na Abin – para o comando da Polícia Federal.