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Notícias | País Medicamento

Sociedade de Infectologia orienta que hidroxicloroquina seja abandonada em tratamento

No texto, a entidade diz que a substância não é eficaz nem na prevenção nem na cura da doença

Publicado em: 17.07.2020 às 21:52 Última atualização: 17.07.2020 às 22:02

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou uma nota nesta sexta-feira (17) afirmando que dois estudos internacionais comprovaram que não há nenhum benefício clínico da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. No texto, a entidade diz que a substância não é eficaz nem na prevenção nem na cura da doença. O presidente Jair Bolsonaro, que afirmou ter diagnóstico do novo coronavírus na semana passada, disse estar tomando o remédio e defende o uso para pacientes com sintomas leves. 

De acordo com a SBI, um dos estudos avaliou pacientes em 40 estados americanos e três províncias do Canadá. O grupo que recebeu hidroxicloroquina, em comparação aos pacientes que receberam placebo, não teve redução nos sintomas. Mais da metade deles recebeu a substância um dia depois de sentir mal-estar. Cerca de 43% tiveram efeitos colaterais como dores abdominais, diarreia e vômitos.

LEIA AQUI A ÍNTEGRA A NOTA DA SBI


Outro estudo, na Espanha, não detectou nenhum avanço clínico ou virológico entre aqueles que tomaram hidroxicloroquina e receberam placebo. A pesquisa foi realizada com 293 pacientes e publicada no periódico científico Clinical Infectious Diseases. Segundo o trabalho, após 28 dias de uso da hidroxicloroquina, 25,7% dos pacientes morreram, ante 23,5% dos que receberam outro tratamento.

"Com essas evidências científicas, a SBI acompanha a orientação que está sendo dada por todas as sociedades médicas científicas dos países desenvolvidos e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a hidroxicloroquina deve ser abandonada em qualquer fase do tratamento da Covid-19", afirma a nota da SBI.

A entidade também pede que a cloroquina deixe de ser usada como tratamento da covid-19, que os órgãos públicos reavaliem orientações de uso de medicamentos comprovadamente sem efeito e que os recursos públicos sejam usados em anestésicos, bloqueadores neuromusculares e aparelhos para o tratamento da doença, em falta na rede pública.

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