Missão brasileira chefiada por Temer desembarca em Beirute
Após ser nomeado por Bolsonaro, ex-presidente Michel Temer chefia a comitiva
A comitiva do Brasil de ajuda ao Líbano chegou a Beirute nesta quinta-feira (13). A missão, chefiada pelo ex-presidente Michel Temer e composta por mais 12 integrantes, levou alimentos, medicamentos e insumos básicos de saúde ao país do Oriente Médio em decorrência da grande explosão ocorrida na semana passada. O retorno da comitiva está previsto para o próximo sábado (15).
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Conforme o Metrópoles, de origem libanesa, o ex-presidente disse ter ficado emocionado ao receber o convite. “Sigo na convicção de que seremos muito bem recebidos e todos lá desejosos de que o Brasil possa exercitar não apenas essa função humanitária, mas, tendo em vista os vínculos tradicionais entre ambos os países, que também possa ajudar a solucionar os embates políticos, com autorização, naturalmente, das autoridades libanesas, mas que possamos dar a nossa colaboração para a pacificação interna daquele país”, declarou o ex-presidente.
Explosão
As explosões na região portuária de Beirute foram causadas por problemas no armazenamento de cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio, substância usada na produção de explosivos e fertilizantes. O evento causou pânico e destruição na capital libanesa e deixou mais de cem pessoas mortas e milhares de feridos e desabrigados, muitos com queimaduras graves. O impacto da maior explosão chegou a ser sentido no Chipre, a mais de 200 quilômetros da costa libanesa.
O porto de Beirute era o principal local de armazenamento de grãos do país e a explosão deixou os libaneses com menos de um mês em reservas de alimentos. O Líbano possui 6,8 milhões de habitantes.
A tragédia ocorreu em meio a uma crescente crise econômica e divisões internas no país. Na segunda-feira (10), o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, anunciou a renúncia de seu governo após protestos públicos contra os líderes do país.
Em pronunciamento, Diab afirmou que a detonação de material altamente explosivo que estava armazenado no porto da capital por sete anos foi "resultado de corrupção endêmica". Vários ministros também já haviam renunciado no fim de semana.