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Notícias | País Aumento dos casos

'Brasil vai mergulhar no caos em duas semanas', diz governador da Bahia

Fiocruz também aponta aumento de síndrome respiratória aguda grave em todo o País

Publicado em: 25.02.2021 às 20:53 Última atualização: 25.02.2021 às 20:57

Brasil registra aumento expressivo de novos casos de Covid-19 Foto: Pedro Guerreiro / Agência Pará
O governador da Bahia, Rui Costa (PT),  prevê que “a saúde vai colapsar e o Brasil mergulhará no caos em duas semanas”. Ele fez a afirmação à coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, nesta quinta (25), depois de anunciar a suspensão de todas as atividades não-essenciais no estado no fim de semana para tentar conter a disseminação do novo coronavírus.

“Já estamos vendo o problema se agravar no País todo. No Rio Grande do Sul, na Bahia, no Ceará. Nunca tivemos uma situação igual”, afirma. Rui Costa disse ainda que já tinha mil leitos de UTI exclusivos para Covid-19. Há dez dias, abriu mais 200.

O governador acredita que, além de a população estar exausta de cumprir medidas de isolamento, as novas cepas do coronavírus que já circulam no Brasil –em especial a de Manaus –são mais contagiosas e letais. “A pressão nunca foi tão grande”, finalizou ele.

Fiocruz aponta que síndrome respiratória aguda deve aumentar

O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tende a aumentar em oito estados brasileiros, segundo análise de longo prazo do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No Ceará, em Santa Catarina e em Tocantins, a probabilidade de alta é forte, pois passa dos 95%.

A análise de longo prazo compreende seis semanas encerradas na semana epidemiológica 7 de 2021, que vai de 14 a20 de fevereiro. Além dos três estados citados, tendem a um aumento de casos de SRAG a Bahia, o Espírito Santo, a Paraíba, Pernambuco e o Rio Grande do Sul. No caso desses estados, a probabilidade de aumento é menor, entre 75% e 95%.

O Ceará e a Paraíba acumulam ao menos seis semanas consecutivas com sinal de crescimento, enquanto o Tocantins já está na quinta semana seguida de alta.

No boletim divulgado hoje, o Amazonas apresentou forte tendência de queda nos casos de SRAG, com probabilidade maior que 95%, enquanto Minas Gerais, o Pará, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo têm tendência moderada de queda.

Os demais estados e o Distrito Federal foram considerados com tendência de estabilidade, o que significa que há uma probabilidade menor que 75% tanto para alta quanto para queda de casos. Os pesquisadores responsáveis pelo boletim alertam que, apesar disso, Alagoas, Goiás, o Maranhão e Rondônia estabilizaram o patamar de casos após longo período de crescimento.

Outra ponderação é que "a tendência registrada para Mato Grosso não é confiável, uma vez que se mantém a grande diferença entre os dados de SRAG do estado reportados no SIVEP-gripe, utilizados pelo InfoGripe, e aqueles notificados no sistema próprio do estado, com grande subnotificação no SIVEP-gripe".

Nas capitais

Quando a análise se concentra nas capitais e suas regiões, seis das 27 apresentam tendência de alta nos casos, sendo João Pessoa a única com mais que que 95% de chances. Campo Grande, Fortaleza, Florianópolis, Palmas e Salvador também tendem a um aumento de casos, porém com probabilidade moderada.

A tendência de queda no número de casos de SRAG é mais que 95% provável em Belém, Belo Horizonte, Cuiabá e Manaus. Sobre a capital mato-grossense, os pesquisadores fazem a mesma ponderação que para o estado de Mato Grosso e consideram que a avaliação não é confiável.

Boa Vista, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Vitória apresentam probabilidade moderada de queda nos casos de SRAG, enquanto as demais capitais estão na zona de estabilidade.

 

*Com informações da Agência Brasil


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