O Ministério Público do Trabalho (MPT), no Distrito Federal, abriu uma investigação para apurar a denúncia de assédio moral supostamente praticado pelo presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, contra servidores do órgão. Segundo o ofício enviado pela promotoria à Vara do Trabalho de Brasília, o MPT vai ouvir dez servidores e ex-funcionários da fundação para saber detalhes sobre o caso. As informações são do portal G1.
Nos relatos entregues ao MPT consta que Sérgio Camargo "estaria praticando perseguição ideológica a trabalhadores da Fundação que tenham opiniões e posições políticas e ideológicas distintas das suas, caracterizando possível prática de assedio moral."
Pelas redes sociais, Camargo se posicionou sobre o caso. "Exonero esquerdistas. Nomeio direitistas. Desaparelhar o órgão é meu dever. Nomear em cargos de confiança é minha prerrogativa", escreveu.
Exonero esquerdistas. Nomeio direitistas. Desaparelhar o órgão é meu dever. Nomear em cargos de confiança é minha prerrogativa.
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) March 16, 2021
Assinatura: Sérgio Direita! ???????? pic.twitter.com/PLnem4I5E1
Ainda de acordo com o Ministério Público do Trabalho, o órgão – vinculado ao Ministério do Turismo – se recusou a enviar informações exigidas no inquérito, como contatos de servidores da pasta e detalhes sobre o funcionamento do canal interno para recebimento de denúncias de assédio moral ou sexual.
De acordo com o portal, em julho do ano passado, a promotoria havia solicitado esclarecimentos de Sérgio Camargo sobre o fato de que ele "teria negado a existência do racismo, a importância da luta do povo negro pela sua liberdade e a importância do Movimento Negro em nosso país".
Para os promotores, a apuração é necessária porque os "fatos noticiados são graves" e violam, em tese, a Constituição Federal.
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