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Notícias | País Tragédia em Saudades

Autor de chacina em escolinha de Santa Catarina pode ter alta da UTI nos próximos dias

Delegado responsável pela investigação quer ouvir Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, sobre a motivação do ataque; morreram três bebês, uma professora e uma auxiliar

Publicado em: 07.05.2021 às 11:34 Última atualização: 07.05.2021 às 11:36

Jovem invadiu escolinha Aquarela, em Saudades Foto: Reprodução/ Rádio Centro Oeste
Os últimos dois boletins divulgados pela equipe médica do Hospital de Chapecó informam melhora no estado de saúde do autor da chacina em escolinha de Saudades, Santa Catarina. O ataque aconteceu na terça-feira, quando Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, matou três bebês, uma professora e uma auxiliar com golpes de facão na Escola Infantil Pró-Infância Aquarela. Uma criança ferida sobreviveu. Na manhã desta sexta-feira (7), o Henryque Martins Hübler, de 1 ano e 8 meses, seguia se recuperando, sem intercorrências, em leito clínico do Hospital da Criança.

O quadro do agressor, internado no Hospital Regional do Oeste (HRO) entre ontem, às 18 horas, e hoje, às 8h30, apresenta boa evolução tanto do quadro cirúrgico quanto clinicamente nos cuidados intensivos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na nota, a assessoria da Associação Lenoir Vargas Ferreira (ALVF), que administra a casa de saúde de Chapecó, informa que o paciente encontra-se no segundo pós-operatório.

De acordo com a nota, Fabiano "ventila espontaneamente, responde a estímulos, e está saindo da sedação pesada. Provável alta da UTI nos próximos dias, caso mantiver essa evolução satisfatória. Deverá permanecer em enfermaria de recuperação cirúrgica no decorrer da evolução devido às cirurgias envolverem pescoço, tórax, abdômen e membros inferiores."

O laudo é assinado pelo médico responsável, Jonathan Caon de Souza, cirurgião oncológico e cirurgião geral, integrante da equipe de sobreaviso do HRO.

Polícia quer ouvir autor da chacina

O delegado Jerônimo Marçal Ferreira, responsável pela investigação, afirma que a Polícia está tentando buscar uma motivação para o crime, e pretende ouvi-lo assim que for possível. "Espero conseguir interrogá-lo. Quero ver o que ele vai contar", disse.

Apesar disso, o delegado aponta que já foi possível apurar que o jovem de 18 anos, autor do crime, era de família simples, estudante do ensino médio e sofria bullying. Além disso, era introspectivo e de poucos amigos.

Ainda segundo o delegado, foram encontrados R$ 11 mil em espécie que eram guardados pelo jovem. Segundo a família ele trabalhava em uma empresa da cidade e juntou o dinheiro.

O agressor estava com duas armas brancas no momento do crime. Segundo o delegado Ferreira, o jovem levou os dois objetos até a creche, mas só utilizou uma das armas para desferir os golpes. "Uma ele tinha junto com ele, mas não usou. As duas tinham sido compradas a pouco tempo", conta.

Após o crime, segundo o sargento Marcos da Polícia Militar, primeiro a chegar no local, pessoas da comunidade já haviam contido o agressor que tentou tirar a própria vida com golpes do mesmo facão.

"Até agora, não temos nada que ateste problemas de qualquer natureza sobre a conduta pessoal dele", afirmou o delegado Ricardo Casagrande, da regional de Chapecó. "Os depoimentos coletados vão dar um norte em relação à conduta do jovem e isso vai ser confrontado com provas técnicas, como objetos e bens apreendidos."

Informalmente, os familiares teriam relatado que Mai teria costume de maltratar animais domésticos - embora nenhuma denúncia tenha sido registrada. Também teriam dito que, ao questionar sobre a compra da arma empregada no ataque à creche, o agressor teria dito que era para usar nos bichos.

Responsável pelo inquérito, o delegado Ferreira declarou que os pais também relataram que o rapaz gostava de jogos on-line, teria problemas em casa e não desejava mais estudar. 

Com informações de Estadão Conteúdo


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