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Sem IFA, vacinação pode ser afetada a partir de junho, alerta Dimas Covas

Conforme diretor do Instituto Butantan, liberação aguardada é de 4 mil litros do insumo

Por Estadão Conteúdo
Publicado em: 10.05.2021 às 14:00 Última atualização: 10.05.2021 às 14:07

A vacina CoronaVac é desenvolvida pela parceria da chinesa Sinovac Biotech com o Instituto Butantan Foto: Instituto Butantan/Divulgação

A indefinição para o governo da China liberar a exportação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para a produção da Coronavac, pode afetar o cronograma de vacinação contra a Covid-19 a partir de junho, afirmou nesta segunda-feira (10) o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. A expectativa é de que o insumo seja liberado até próxima quinta (13) e, assim, chegaria até o dia 18, mas o envio ainda não foi confirmado.

O anúncio foi feito durante a entrega de 2 milhões de doses da vacina para o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.

"Para maio, temos a entrega desta semana, 2 milhões no dia de hoje, mais 1 milhão na quarta-feira (12) e 1 milhão e 100 na sexta (14). A partir daí, não teremos mais vacinas, porque não recebemos o IFA. Então, aguardamos a chegada desse material para que isso possa ser processado. Situação parecida com essa também é enfrentada pela Fiocruz, que a informação que eu tenho é que não teve o seu IFA liberado. Preocupa muito, porque o cronograma de vacinação, não neste momento, mas a partir de junho, poderá sofrer algum impacto."

Segundo Covas, a liberação aguardada é de 4 mil litros do insumo. O diretor do instituto e o governador de São Paulo João Doria (PSDB) voltaram a atribuir a dificuldade para o IFA ser liberado à postura do presidente Jair Bolsonaro e membros do governo federal, que fizeram declarações ofensivas contra a China.

"O mesmo laboratório, Sinovac, disponibiliza insumos para um país vizinho, o Chile, que não agride a China, que não tem o seu presidente falando mal do governo chinês, do povo chinês e de sua vacina. O fluxo é normal de entrega desses insumos para o Chile. Por que não é para o Brasil? Razões de ordem diplomática e as formas desastrosas de manifestação em relação ao governo da China", afirmou Doria.


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