O depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI da Covid foi marcado pela tentativa de blindar o presidente Jair Bolsonaro. Ao longo de sete horas de sessão, ontem, Pazuello distorceu fatos sobre a condução da crise sanitária pelo governo, disse inverdades ao negar a ordem de Bolsonaro para cancelar a compra da vacina Coronavac e foi desmentido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ao afirmar que havia restrições da Corte à compra de imunizantes da Pfizer.
A sessão foi interrompida à tarde porque Pazuello sentiu mal estar durante um intervalo e teve diminuição da pressão arterial. O general foi atendido pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico. À saída do Senado, no entanto, Pazuello negou o problema, confirmado pelo Estadão com seus advogados. "Eu não passei mal. Não houve nada", desconversou.
O depoimento foi retomado nesta quinta-feira (20). Ao menos 20 senadores estão na fila para perguntas.