Publicidade
Notícias | País Operação Sangria

PF faz buscas contra governador do AM e tenta prender secretário da saúde

Ao todo, agentes cumprem seis mandados de prisão temporária e vasculham 19 endereços em Manaus e em Porto Alegre

Por Estadão Conteúdo
Publicado em: 02.06.2021 às 10:57 Última atualização: 02.06.2021 às 11:00
Governador do Amazonas, Wilson Miranda Lima Foto: Divulgação/Governo do Amazonas
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (2) a quarta fase da Operação Sangria para investigar supostas fraudes e superfaturamento em contrato para instalação do hospital de campanha no Amazonas. A ofensiva foca em supostos crimes de organização criminosa, fraude à licitação e desvio de recursos públicos envolvendo empresários e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado.
 
Agentes fazem buscas na casa e no gabinete do governador Wilson Lima e tentam executar uma ordem de prisão contra o secretário de Saúde, Marcellus Campelo.
 
Ao todo, agentes cumprem seis mandados de prisão temporária e vasculham 19 endereços em Manaus e em Porto Alegre (RS). As ordens foram expedidas pelo Superior Tribunal de Justiça, que determinou ainda o sequestro de bens e valores dos investigados.
 
No Rio Grande do Sul, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária em Porto Alegre. Foram apreendidos documentos de interesse da investigação e um veículo. O preso foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Porto Alegre.
Tiros

Durante o cumprimento de uma das ordens de prisão, contra o empresário Nilton Costa Lins Júnior, a PF foi recebida a tiros. Ninguém ficou ferido. O caso foi comentado pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, durante a sessão da corte Especial do STJ realizada nesta manhã para analisar uma das duas denúncias apresentadas contra Wilson Lima por irregularidades na compra de respiradores para tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus. Lindôra disse que a situação foi "bastante constrangedora", "perigosa" e "suis generis".


De acordo com as investigações, "há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do Governo do Estado, de um hospital de campanha'.
"Verificou-se, ainda, que contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o Governo do Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados", indicou ainda a PF em nota.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.