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Notícias | País Entrevista à Rádio ABC

'Ele não tem que se meter', diz Omar Aziz sobre suposta ameaça de Braga Netto às eleições

Em entrevista à Rádio ABC, senador Omar Aziz (PSD-AM) comentou polêmica recente envolvendo o ministro da Defesa de Jair Bolsonaro

Publicado em: 23.07.2021 às 13:22 Última atualização: 23.07.2021 às 13:23

O senador Omar Aziz (PSD-AM) criticou a postura do ministro da Defesa Braga Netto após reportagem publicada pelo Estadão vincular seu nome a uma ameaça às eleições de 2022. Em entrevista à Rádio ABC 103.3 FM na manhã desta sexta-feira (23), Aziz afirmou que, apesar de ter negado a acusação, o ministro declarou-se favorável ao voto impresso, o que não caberia a ele.

"Ele não tem que afirmar nada. O papel dele não é se meter nisso. Ele não é político, ele não tem que se meter, ele não tem que dizer, isso quem decide é o congresso nacional. Então, a posição do ministro Braga Netto, em relação ao cargo de ministro da Defesa, não dá autoridade a ele, e a Constituição é muito clara em relação a isso, para estar falando qual a forma eleitoral que nós vamos ter", disparou Aziz.

Em entrevista à Rádio ABC, Omar Aziz (PSD-AM) comentou polêmica envolvendo o ministro da Defesa Foto: Divulgação

Segundo o Estadão, Braga Netto mandou recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira, por meio de um interlocutor político, avisando que não haverá eleição em 2022 se a PEC do voto impresso não for aprovada. O ministro deverá apresentar explicações à Câmara dos Deputados, em uma audiência no dia 17 de agosto. Ele nega que tenha condicionado as eleições ao voto impresso.

O voto impresso é uma das principais causas defendidas atualmente pelo presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Durante a entrevista, o senador Aziz lembrou que Bolsonaro foi eleito diversas vezes pela urna eletrônica.

"Para as pessoas que são apaixonadas pelo 'mito', quantas eleições o Bolsonaro disputou como deputado federal tendo urna eletrônica? Várias de deputado federal, ganhou todas. Como presidente, ganhou. E é o único ser humano no mundo que ganha uma eleição e questiona ainda, acha que foi roubado. O que não tem lógica, não se discute, amigo", declarou. 

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também contestam o posicionamento do presidente e afirmam que o sistema eleitoral no País é seguro, moderno e auditável. 

Sobre as fraudes alegadas, o senador Aziz criticou o fato de Bolsonaro nunca ter apresentado. "Ele não tira o Ricardo Barros da liderança. Sabe qual a base que ele fala? Não tem provas. O presidente há 500 dias vem falando da questão do voto impresso sem prova nenhuma de que houve fraude." 

CPI da Covid

Presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz também fez um balanço sobre a primeira fase dos trabalhos da Comissão. Conforme Aziz, 34 pessoas já foram ouvidas, e os depoimentos reforçam a suspeita de crime sanitário e crime contra a vida praticados pelo governo de Jair Bolsonaro, uma vez que a aposta em medicamentos sem eficácia comprovada foi priorizada em detrimento da busca pela vacina.

"O que nós já determinamos? Crime contra a vida. O que é o crime contra a vida? Medicação proposta para as pessoas de uma forma irresponsável, até com fake news. Um laboratório pagando a propaganda daquele Médicos pela Vida. Está provado. É crime contra a vida você medicar uma pessoa, sem comprovação científica, e pior: levando às vezes a óbito, como foi o caso de pessoas que aspiraram a cloroquina e foram ao óbito. E crime sanitário: imunização de rebanho, isso é um crime sanitário gravíssimo", afirmou.

 

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