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Bolsonaro veta nome do ex-presidente João Goulart em rodovia federal

Presidente diz que homenagem não considera 'as especificidades e as peculiaridades de cada estado'

Por Agência Senado
Publicado em: 14.10.2021 às 16:46 Última atualização: 14.10.2021 às 16:49

O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente um projeto de lei que dava o nome do ex-presidente João Goulart à rodovia BR-153, no trecho entre Cachoeira do Sul (RS) e Marabá (PA). A informação foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (14).

Ex-presidente João Goulart, o Jango
Ex-presidente João Goulart, o Jango Foto: Anefo/Wikimedia Commons

Na publicação, Bolsonaro alega que "tal medida é inoportuna por não considerar as especificidades e as peculiaridades de cada estado", pois "homenagear apenas uma figura histórica poderia representar descompasso com os anseios e as expectativas da população de cada unidade federativa abrangida pela rodovia".

A mensagem acrescenta ainda que esse tipo de homenagem não pode ser "inspirada por práticas dissonantes das ambições de um Estado Democrático", sem especificar a que práticas se refere.

Projeto de Lei

De autoria do então senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o PLS 503/2011 foi aprovado pelo Senado em 2012 e pela Câmara em setembro passado. Nas duas Casas, a proposta foi acatada sem necessidade de votação no Plenário.

"Deposto pelo golpe militar de 1964, o presidente João Goulart talvez seja um dos personagens mais injustiçados de nossa história recente", afirmou Aloysio Nunes na justificativa do projeto.

Jango

Herdeiro político de Getúlio Vargas, Jango, como era popularmente conhecido, foi presidente da República de 1961 a 1964, quando foi destituído por um golpe militar.

Ele assumiu o governo em razão da renúncia de Jânio Quadros, no meio de uma crise institucional que levou à adoção do sistema parlamentarista. Em 1963, o presidencialismo foi restabelecido por plebiscito e Jango passou a governar com plenos poderes, até ser derrubado em 2 de abril de 1964. Ele se exilou no Uruguai, onde morreu.

Além de presidir o país, Jango também foi eleito vice-presidente duas vezes, em 1955 e 1960, pelo voto popular.


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