TSE decide pelo arquivamento das ações que pediam a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão
Chapa foi acusada de impulsionamento ilegal de mensagens pelo WhatsApp durante a campanha eleitoral de 2018; provas, porém, foram insuficientes
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou nesta quinta-feira (28) o julgamento de duas ações que pediam a cassação da chapa vencedora das eleições de 2018, formada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo vice-presidente, Hamilton Mourão. Sete dos sete ministros da Corte votaram pelo arquivamento.
O julgamento de duas ações protocoladas pela coligação formada pelo PT, PCdoB e PROS teve início na terça-feira (26). As legendas pediam a cassação da chapa formada por Bolsonaro e Mourão pelo suposto cometimento de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. De acordo com os três partidos, teria ocorrido o impulsionamento ilegal de mensagens pelo WhatsApp durante a campanha eleitoral de 2018.
'Lei Mariana Ferrer' vai punir quem constrange vítimas em julgamentos
Presidente sanciona lei que prorroga isenções do ICMS por 15 anos
Câmara aprova projeto de auxílio gás para famílias de baixa renda
"Não há elementos que permitam afirmar, com segurança, a gravidade dos fatos, requisito imprescindível para a caracterização do abuso de poder econômico e do uso indevido dos meios de comunicação social", disse Salomão.
O entendimento foi seguido pelos ministros Mauro Campbell, Sérgio Banhos, Carlos Bastide Horbach, Edson Fachin, Alexandre de Moraes e pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.
Defesa
Durante o julgamento, a advogada Karina Kufa, representante de Bolsonaro, disse que as acusações foram fundamentadas apenas em matérias jornalísticas, não sendo apresentadas provas que tenham relação com a atuação da campanha.
"Com base em tudo o que está nos autos e a comprovação de que nada foi feito pela campanha de Jair Messias Bolsonaro e Hamilton Mourão é que a gente pleiteia a improcedência das ações", afirmou.
Karina Fidelix, representante de Mourão, também reforçou a falta de comprovação das acusações. De acordo com a advogada, "não houve qualquer comprovação de abuso de poder econômico ou de abuso dos meios de comunicação pelos investigados".