Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | País EDUCAÇÃO

Número de crianças brasileiras de 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever aumenta em 66,3%

Pandemia agravou os desafios da alfabetização no País, acentuando disparidades históricas da educação pública brasileira

Publicado em: 08.02.2022 às 17:56 Última atualização: 08.02.2022 às 17:56

O Todos Pela Educação divulgou um estudo sobre “Impactos da pandemia na alfabetização de crianças”, que apresenta indicadores sobre os efeitos da pandemia da Covid-19 na educação.

Número de crianças brasileiras de 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever aumenta em 66,3%
Número de crianças brasileiras de 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever aumenta em 66,3% Foto: Picada Café/Divulgação/Arquivo-GES

O estudo teve como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. Nela, os respondentes dos domicílios afirmam se as crianças sabem ou não ler e escrever. Com base na resposta, são calculados o número e o percentual de crianças que, de acordo com seus responsáveis, estão ou não alfabetizadas.

Entre 2019 e 2021, aumentou 66,3% o número de crianças de 6 e 7 anos de idade que, segundo seus responsáveis, não sabiam ler e escrever. O número passou de 1,4 milhão em 2019 para 2,4 milhões em 2021. Em termos relativos, o percentual de crianças de 6 e 7 anos que, segundo seus responsáveis, não sabiam ler e escrever foi de 25,1% em 2019 para 40,8% em 2021.

Este impacto reforçou a diferença entre crianças brancas e crianças pretas e pardas. Os percentuais de crianças pretas e pardas de 6 e 7 anos de idade que não sabiam ler e escrever passaram de 28,8% e 28,2% em 2019 para 47,4% e 44,5% em 2021, sendo que entre as crianças brancas o aumento foi de 20,3% para 35,1% no mesmo período.

Já na avaliação econômica, foi notado que entre as crianças mais pobres, o percentual das que não sabiam ler e escrever aumentou de 33,6% para 51,0%, entre 2019 e 2021. Dentre as crianças mais ricas, o aumento foi de 11,4% para 16,6%.

Segundo o Todos Pela Educação, a não-alfabetização das crianças em idade adequada traz prejuízos para aprendizagens futuras e aumenta os riscos de reprovação, abandono e/ou evasão escolar. Por isso, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece a alfabetização como foco principal da ação pedagógica nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.