Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | País RIO DE JANEIRO

Sirenes voltam a soar em Petrópolis com previsão de chuva forte

Até o momento, há confirmação de 178 mortes. Segundo os dados atualizados, 110 moradores estão desaparecidos e 847 desabrigados

Por Agência Brasil
Publicado em: 21.02.2022 às 21:12 Última atualização: 21.02.2022 às 21:13

A Defesa Civil municipal voltou a acionar as sirenes em Petrópolis nesta segunda-feira (21). A medida foi tomada diante da previsão de chuva moderada a forte nesta noite. Dos 18 dispositivos localizados próximos a áreas de risco, 15 emitiram o alerta.

Sirenes voltam a soar em Petrópolis com previsão de chuva forte
Sirenes voltam a soar em Petrópolis com previsão de chuva forte Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os moradores também receberam comunicado por mensagem de celular e por aplicativos. "O órgão solicita que as pessoas das áreas de risco fiquem atentas às recomendações de mobilização e necessidade de deslocamento para locais seguros, como os pontos de apoio, em situação de risco. Em caso de emergência, o telefone 199 deve ser acionado", informou a Defesa Civil em nota.

Os alertas têm sido constantes desde o temporal que caiu em Petrópolis na última terça-feira (15), gerando enchentes e deslizamentos em diversos pontos da cidade. Segundo o governo do Rio de Janeiro, foi a pior chuva na cidade desde 1932. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, choveu 258,6 milímetros em apenas 3 horas. De lá pra cá, as sirenes já foram acionadas diversas vezes. Há o receio de que novos deslizamentos ocorram com as precipitações constantes.

Vidas perdidas

Até o momento, há confirmação de 178 mortes. Segundo os dados atualizados, 110 moradores estão desaparecidos e 847 desabrigados. O município designou 12 escolas para que essas pessoas sejam atendidas pela Secretaria de Assistência Social. Os números já fazem da tragédia a maior da história da cidade. Uma outra catástrofe ocorrida devido às chuvas deixou 171 mortos em 1988.

Mais cedo, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou os resultados de um estudo onde estima uma perda de R$ 665 milhões no Produto Interno Bruto (PIB) de Petrópolis após o temporal. Segundo o levantamento, 65% das empresas da cidade foram diretamente impactadas e 85% não tiveram o funcionamento restabelecido.

As buscas pelas vítimas continuam. Segundo o Corpo de Bombeiros do Riode Janeiro, 24 pessoas já foram resgatadas com vida. Para reforçar os trabalhos, mais de 80 militares de 15 estados e do Distrito Federalse somam ao contingente de500 homens e mulheres da corporação fluminense.

Governo

O governador Cláudio Castro anunciou a criação de um comitê para acompanhar as ações e despesas, de forma a garantir mais transparência às medidas adotadas. A estrutura será composta por representantes das secretarias estaduais da Casa Civil, de Governo, de Planejamento e Gestão, além da Controladoria Geral do Estado (CGE-RJ) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro participarão como convidados.

Segundo Castro, ações preventivas são desenvolvidas pelo governo. "Não se resolve 40 anos em um ou dois anos", disse na semana passada. Ele reconheceu que a falta histórica de investimentos contribuiu para os estragos na cidade, mas também atribuiu a situação ao caráter excepcional da chuva.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.