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Bolsonaro cobra investigação de morte de petista e culpa esquerda por violência

Guarda municipal Marcelo Arruda foi assassinado a tiros por um apoiador bolsonarista em Foz do Iguaçu, no Paraná, na noite de sábado

Por Daniel Weterman/Estadão Conteúdo
Publicado em: 10.07.2022 às 21:52 Última atualização: 10.07.2022 às 21:53

O presidente Jair Bolsonaro (PL) cobrou a investigação da morte do guarda municipal Marcelo Arruda, assassinado a tiros por um apoiador bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR), na noite de sábado (9) e ainda responsabilizou a esquerda por episódios de violência no País.

Marcelo Arruda foi morto a tiros por um apoiador bolsonarista
Marcelo Arruda foi morto a tiros por um apoiador bolsonarista Foto: Reprodução/instagram

"Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos", escreveu Bolsonaro em uma mensagem no Twitter, replicando uma declaração dada por ele em outubro de 2018, durante a campanha presidencial, em função da morte do mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, conhecido como Moa do Katendê, assassinado a facadas em Salvador.

"É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento", disse o presidente, na noite deste domingo (10), após o PT apontar o discurso do presidente como causa da intolerância política em Foz do Iguaçu.

Ao se pronunciar sobre o assassinato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o episódio foi fruto de um discurso de ódio "estimulado por um presidente irresponsável". O guarda municipal foi morto enquanto comemorava o aniversário de 50 anos em uma festa com o PT e Lula como temas da decoração.

Bolsonaro rebateu as alegações de que a morte foi provocada por seu discurso. "Nem a pior, nem a mais mal utilizada força de expressão, será mais grave do que fatos concretos e recorrentes", escreveu o presidente no Twitter. Ele ainda se disse caluniado por opositores. "Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 horas por dia."

O presidente é constantemente criticado por estimular o clima de confronto no País, seja por questionamento às urnas eletrônicas e a instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) ou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou por declarações de hostilidade aos adversários políticos. No sábado, por exemplo, voltou a dizer que a campanha será uma "guerra do bem contra o mal". Em 2018, ele chegou a convocar os seus apoiadores a "fuzilar a petralhada do Acre" e, no mesmo ano, foi vítima de uma facada durante evento de campanha.

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