Motorista avança sobre bloqueio e atropela bolsonaristas em rodovia de Mirassol
Sete pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave. Condutor foi detido pela Polícia Militar
Um carro avançou sobre um bloqueio na rodovia Washington Luís e atropelou militantes bolsonaristas, na tarde desta quarta-feira (2), em Mirassol, no interior de São Paulo. Sete pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave. O homem que dirigia o veículo foi agredido pelos manifestantes e acabou detido pela Polícia Militar. O carro que ele dirigia, um Volkswagen Fox, foi depredado.
O bloqueio ocorria em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do último domingo (30). Policiais do 9º Batalhão da Polícia Militar e do policiamento rodoviário negociavam a liberação da rodovia quando o carro se aproximou e não freou, atropelando o grupo, incluindo dois policiais militares.
SÃO PAULO | Motorista avança sobre bloqueio e atropela bolsonaristas em rodovia de Mirassol. Sete pessoas ficam feridas.
— Jornal NH (@jornalnh) November 3, 2022
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As sete vítimas foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mirassol. Duas, em estado mais grave, foram transferidas para o Hospital de Base de Rio Preto. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como tentativa de homicídio.
O motorista do automóvel, que não teve a identificação divulgada, foi agredido pelos manifestantes. O grupo atacou o veículo com pauladas e chutes, acabando por tombá-lo. A prefeitura de Mirassol informou ter prestado socorro às vítimas através do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros.
Agressão
Em Piedade, região de Sorocaba, o piloto de stock car Sérgio Jimenez, que já foi campeão brasileiro em algumas modalidades, relatou ter sido vítima de agressão, nesta quarta, por um grupo de bolsonaristas que bloqueava a rodovia Raimundo Antunes Soares (SP-79). Conforme relato em rede social, ele é empresário do setor de combustíveis e um caminhão carregado ficou retido no bloqueio. Quando tentou sair com o veículo, ele foi perseguido e fechado pelos carros dos bolsonaristas.
Além de atirarem pedras contra o caminhão, que teve o parabrisas estilhaçado, ele foi agredido com socos. "Trabalhamos com combustível, que é essencial, e acontecendo uma situação dessa, é um absurdo sem tamanho. Não importa se é Bolsonaro ou Lula. Todo mundo tem que acordar de manhã e trabalhar porque sem dignidade ninguém chega a lugar algum!", postou em rede social.
A agressão aconteceu em frente à delegacia de Polícia Civil, onde Jimenez foi registrar a ocorrência do dano contra o caminhão.