O que se sabe até o momento sobre a variante Arcturus do coronavírus
Primeiro caso da nova cepa foi registrado na cidade de São Paulo nesta segunda-feira (1º); vítima é idoso
Após a confirmação do primeiro caso da variante XBB.1.16 da Covid-19, conhecida como Arcturus, em São Paulo, o Brasil entrou em alerta para evitar novos registros da cepa.
Onde surgiu a variante?
A Arcturus foi sequenciada pela primeira vez na Índia em janeiro deste ano. Casos da variante já foram registrados em quase 40 países, como Austrália, Canadá e Reino Unido. A linhagem é tratada desde abril como uma variante de interesse (VOI, na sigla em inglês), pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em função da sua rápida disseminação nas últimas semanas.
Quem é a primeira vítima brasileira?
O primeiro caso da variante Arcturus registrado na cidade de São Paulo foi de um idoso. A notificação foi feita na sexta-feira (28) e, nesta segunda (1º), houve confirmação por parte da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal da Saúde.
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O homem possui o esquema vacinal completo contra a Covid-19, inclusive, com a dose da Pfizer bivalente.
Os casos de Covid aumentaram?
Até o momento, a variante não apresentou aumento no número de casos em São Paulo.
Quais são os principais sintomas da variante?
- irritação nos olhos (parecidos com conjuntivite);
- tosse seca;
- e episódios febris.
A Arcturus é grave?
"Até o momento não apresentou gravidade", disse a Secretaria municipal da Saúde de São Paulo, ao reforçar a importância de a população completar o esquema vacinal contra a Covid-19, inclusive com a Pfizer bivalente.Embora provoque sintomas diferentesde outras cepas, especislistas não enxergam a possibilidade de uma nova onde de mortes e hospitalizações por causa da nova linhagem.
As vacinas disponíveis podem proteger da XBB.1.16?
As atuais vacinas disponíveis, de acordo com o relato de um epidemiologista ao Estadão, dão conta de garantir a proteção contra a variante. Conforme o portal, a Arcturus é uma linhagem que descende da BA.2, que por sua vez derivou da Ômicron.
O epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), diz que "não há grande razão para pensarmos que vacinas como a bivalente deixarão de ser altamente efetivas para casos graves e morte por Covid-19. Por enquanto, todas as vacinas seguem funcionando bem".
O especialista defende que a variante não pode provocar "um desastre sanitário, tal como foi a Gama (P.1), na América do Sul". Porém, ela afasta a possibilidade de que o fim da pandemia seja declarado.
Com informações do portal Estadão.