Áudio indica que aliados de Bolsonaro tramavam usar 1,5 mil militares em golpe
Mensagens que constam na investigação da Operação Verine indicam interlocução do major Ailton Barros em 'tratativas para golpe' com o ex-assessor especial da Casa Civil Elcio Franco
Mensagens que constam na investigação da Operação Verine indicam interlocução do major Ailton Barros em 'tratativas para golpe' não só com o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid, mas também com o ex-assessor especial da Casa Civil Elcio Franco. Em áudio, o coronel que foi número 2 do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello no auge da pandemia diz que o então comandante do Exército Freire Gomes 'teria medo das consequências' de uma eventual tentativa golpista.
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O coronel segue, ensaiando uma eventual autodefesa para o comandante do Exército: "Eu falei ó, eu, durante o tempo todo diz que [trecho initeligível] contra o presidente. Falei que não. Falei ó, durante o tempo todo [ininteligível] contra o presidente. Falei que não, que não deveria fazer. E pronto. Vai para o Tribunal de Nuremberg desse jeito. Depois que ele me deu a ordem por escrito, eu comandante da força tive que cumprir. Essa é a defesa dele, entendeu? Então sinceramente é dessa forma que tem que ser visto".
O interlocutor de Elcio é o major Ailton Gonçalves Moraes Barros, que é considerado peça-chave no 'êxito' de fraude na carteira de vacinação da mulher do tenente-coronel Mauro Cid. Além disso, o militar que foi expulso do Exército está na mira da PF por trocar mensagens com 'tratativas de um golpe de Estado'.