RANKING: Saiba quais são as melhores cidades brasileiras para envelhecer
Estudo avaliou aspectos de saúde, econômicos e socioambientais referentes à população acima de 60 anos para montar um ranking que avalia os municípios. Três cidades gaúchas aparecem na lista
De acordo com dados levantados pelo IBGE, relacionados ao Censo 2022, a população brasileira está envelhecendo cada vez mais. Inclusive, o Rio Grande do Sul é o Estado com população mais velha do País, com média de 38 anos – no Brasil a idade média da população é 35 anos.
A previsão é que, em 2050, um a cada quatro brasileiros tenha 60 anos ou mais. Por isso surge a questão: as cidades estão preparadas para uma população mais longeva? Para responder essa questão, o Instituto de Longevidade lançou na última quinta-feira (26), a terceira edição do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL).
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“O papel de um índice que permita entender a realidade municipal de cada localidade do país para lidar com os desafios e as oportunidades dessa proporção crescente de idosos - e de idosas, em particular - é enorme. Essa terceira edição é um feito digno de ser comemorado”, explica Gleisson Rubin, diretor do Instituto de Longevidade.
As melhores cidades para envelhecer, de acordo com o IDL 2023, foram divididas em cidades grandes, médias e pequenas. Confira:
Cidades grandes (100 mil habitantes ou mais – 326 municípios)
1º lugar - São Caetano do Sul (SP): O município ocupa novamente o topo do IDL, se destacando por ter a 3ª maior expectativa de vida aos 60 anos e a 2ª maior população de pessoas maiores de 60 anos em sua categoria. Em relação à variável Saúde, a cidade conquistou o 8º lugar no número de leitos hospitalares, é a 5ª cidade com o maior número de profissionais com nível superior e a 2ª com o maior número de procedimentos hospitalares realizados.
2º lugar - Vitória (ES): Vitória saiu do 39º lugar em 2020 para o top 3 da categoria em 2023, conquistando o 1º lugar das cidades com a maior expectativa de vida aos 60 anos. Seu desempenho em Saúde também se destaca, garantindo o 3º lugar em menor número de óbitos de idosos por doenças infecciosas e parasitárias, 3º lugar em menor número de óbitos de idosos por doenças do aparelho circulatório e 4º lugar em maior número de profissionais de nível superior.
3º lugar - Santos (SP): Presente no top 5 desde 2017, Santos agora conquistou a 3ª posição. A cidade se destaca na variável Economia, com a maior população 60+ e a 24ª maior capacidade de consumo de idosos.
Cidades médias (entre 34.850 e 99.999 habitantes – 674 municípios)
1º lugar - São Lourenço (MG): A cidadeganha destaque em alguns indicadores: 18º município com maior número de pessoas idosas, 9º lugar em maior número de estabelecimentos de saúde e 32º lugar em maior número de profissionais de saúde de nível superior. Também está no 47º lugar de número de matrículas no ensino superior de pessoas acima dos 60 anos e é a 13ª cidade com menor número de óbitos por causas não naturais.
2º lugar - Gramado (RS): Gramado é a 59ª cidade com o melhor PIB per capita e a 5ª menor colocação em baixa vulnerabilidade social de idosos. É a 48º cidade com maior número de profissionais com nível superior e a 7ª melhor em estabelecimentos de saúde.
3º lugar - São Miguel do Oeste (SC): A cidade catarinense ficou em 25º lugar em baixo número de óbitos em idosos por doenças circulatórias e 45º lugar em óbitos por doenças metabólicas e nutricionais. Também é a 39ª cidade com a maior proporção de beneficiários do INSS entre o total dos 60+.
Cidades pequenas (população até 34.849 habitantes – 4.570 municípios)
Nesta categoria vale ressaltar que Santa Catarina e Rio Grande do Sul se destacam: entre os 20 primeiros colocados, 10 são municípios catarinenses, nove gaúchos e apenas um é de São Paulo.
1º lugar - Peritiba (SC): É a 28ª cidade com o maior número de leitos, a 56ª com o maior número de procedimentos hospitalares, a 142ª com o maior número de estabelecimentos de saúde e a 160ª com o maior número de procedimentos ambulatórios. Também tem a 33ª maior população de idosos.
2º lugar - Rodeio Bonito (RS): A cidade é a 46ª com maior número de procedimentos ambulatórios, a 59ª com maior número de leitos e a 67ª com maior número de estabelecimentos de saúde. Também ficou em 51º lugar em expectativa de vida aos 60 anos e em 95º lugar em maior número de beneficiários por aposentadoria pelo INSS como proporção do total de 60+ da população.
3º lugar - Dois Lajeados/ (RS): O município ocupa a 15ª posição em maior número de leitos hospitalares, 34ª em maior número de procedimentos ambulatoriais e 79ª em maior número de estabelecimentos de saúde. A cidade ocupa a 99ª maior quantidade de idosos e a 114ª com maior segurança financeira dos idosos.
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A avaliação
Para avaliar todos esses municípios, fontes de dados públicos como IBGE, DataSUS e INSS foram consultadas e foram definidos 23 indicadores divididos em três variáveis:
Saúde - Estabelecimentos de saúde; Leitos hospitalares; Profissionais de saúde; Cobertura vacinal; Procedimentos ambulatoriais; Procedimentos hospitalares; Óbitos por doenças infecciosas e parasitárias, endócrinas, nutricionais e metabólicas, e por doenças de aparelho circulatório ou causas externas.
Socioambiental - Mortalidade por causas não naturais; Carga tributária; Engajamento cívico de idosos; Relações afetivas; Conectividade; e aprendizado contínuo entre idosos.
Economia - Representatividade da população de idosos; Longevidade esperada aos 60 anos; Produção de riqueza municipal; Capacidade de consumo de aposentados; Segurança financeira dos idosos; Vulnerabilidade social dos idosos; Endividamento municipal.