MACEIÓ: Entenda porque bairros tem risco de afundamento; residências e hospital foram evacuados
Situação entrou em estado crítico na noite da quinta-feira, quando autoridades constataram aumento da velocidade de afundamento
Residências e até um hospital foram evacuados entre a quarta e quinta-feira (30) em Maceió, em Alagoas, devido ao risco de afundamento. A prefeitura decretou situação de emergência devido à gravidade da situação que atinge cinco bairros da capital alagoana.
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O que causa a situação é possibilidade iminente de colapso da mina de sal-gema da Braskem. De acordo com a Defesa Civil do estado, nas últimas 48 horas a mina 18, que fica no bairro Mutange, afundou um metro e seis centímetros do solo. A situação entrou em estado crítico na noite da quinta-feira, quando autoridades constataram aumento da velocidade de afundamento, atingindo 53 cm por dia. A expectativa é que o colapso aconteça nesta sexta-feira (1º).
No começo da manhã, por volta das 6h32, segundo dados da Defesa Civil municipal o raio da mina atingiu 32 metros no subterrâneo. A mina tem volume de 500 mil m³ e cerca de 50 metros de profundidade.
A Defesa Civil alerta para potencial abalo sísmico, projetado em baixa escala, mas que poderá ser perceptível em vários bairros da cidade. Porém, o órgão reforça que não haverá consequências além das áreas isolados nos bairros Bom Parto, Bebedouro e Mutange.
Navegação na lagoa Mundaú está proibida. Não risco de tsunami, embora 60% da área da mina esteja submersa na lagoa, segundo a Defesa Civil.
Destino das famílias evacuadas
Nove escolas estão estruturadas com carros-pipa, colchões, alimentação, equipes de saúde, equipes da Guarda Municipal e de assistência social para receber até 5 mil pessoas vindas das regiões do Mutange, Bom Parto (da área mais próxima da lagoa) e Flexal de Baixo. Os moradores que quiserem e puderem ir para a casa de parentes também serão auxiliados pelo Município com a entrega de cestas básicas.
Pacientes dp hospital que fica no bairro Pinheiro, embora não houvesse ordem de evacuação, foram transferidos para outras casas de saúde.
A Braskem afirma que "acompanha de forma ininterrupta os dados de monitoramento, que são compartilhados em tempo real com a Defesa Civil Municipal."