"Se podemos vê-los, podemos protegê-los" é o lema dos guarda-vidas na Operação Golfinho. A frase sintetiza a busca da manutenção do lazer e do banho de mar seguro. Desde a década de 1970 oferecendo o serviço nas praias gaúchas, os guarda-vidas, de acordo com o major-chefe de Operações do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, Isandre Antunes, buscam garantir a segurança dos banhistas levando em conta a normativa dos semáforos.
"Desde 2005, as cores das bandeiras foram adaptadas e organizadas para seguir o padrão do semáforo. Então nós temos bandeira verde, amarela e vermelha. Cada uma indica um risco específico que o mar apresenta", explica o major.
De acordo com Antunes, a bandeira verde se refere a um mar com pouca profundidade, sem ondas ou incidências de correntes laterais, então possibilita um banho com mais tranquilidade. Com bandeira amarela, há uma profundidade que oscila, buracos, valas, corrente laterais e repuxo, exigindo maior atenção e não recomendado para crianças. Já a indicação de bandeira vermelha representa que não é indicado para nenhum banhista devido ao perigo.
Cada bandeira tem um distanciamento específico para o balizamento do banho. Quanto mais grave a classificação, menor é a área de abrangência de cada um dos guarda-vidas, para que o atendimento seja coberto de maneira eficiente por cada um dos integrantes da operação.
Em Tramandaí, na guarita de número 147, todo o trabalho de segurança fica a cargo do integrante da Brigada Militar de Gravataí Jonas Lixinski, 28 anos. "É o sexto ano seguido trabalhando como guarda-vidas, sendo o terceiro aqui nesta guarita", conta. Até a última quarta-feira, Jonas ainda não havia feito nenhum salvamento. "Fazemos advertências pelo apito e o pessoal respeita. O único problema que tivemos, até o momento foi em área sem guarita. Não aconselhamos o banho em espaços não cobertos", orienta o guarda-vidas.
Com coleção de máscaras para qualquer movimento fora do guarda-sol, o jornalista e advogado, Hallan Klein, 38, de Canoas, esteve na orla durante a manhã desta quarta-feira. Com a esposa Malu Schuh, 30, Hallan conta que passa o décimo segundo veraneio em Tramandaí. Com álcool gel e a devida distância dos demais guarda-sois, Klein pretende permanecer no litoral até o dia 4 de janeiro. "Estamos sempre nos cuidamos. Ainda não pegamos Covid-19 e não pegaremos, pois estamos respeitando o que é determinado. Sabemos que essas regras funcionam", declarou o homem de 38 anos, em mais um ano reunido com a família na casa dos pais no litoral.
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