Os guarda-sóis, na grande maioria, ficaram bem próximos uns aos outros, e mesmo para alguns que optaram pela sombra da orla a proteção facial foi dispensada. O movimento na cidade também foi grande. Pela manhã, já não havia mais vagas disponíveis na área do calçadão e também no Centro de Tramandaí. O mesmo se viu na orla e na praia de Imbé.
Mas teve também quem conseguiu aproveitar e manter os cuidados essenciais. Como a estudante Marília Fausto, 22 anos, e a técnica em enfermagem aposentada Olgair Pereira, 63. "Fiquei assustada com tanto de gente que começou a chegar. Viemos bem cedo e vamos embora antes do meio-dia. Geralmente, viemos só no final de tarde. Usamos a máscara sempre, até para tomar sol", conta Olgair, que até o final do ano se manteve em quarentena. "Estava quase em pânico de ficar isolada", comenta Olgair. "Celebramos ano-novo só em família e em casa mesmo, mas com todos os cuidados", completa Marília.
O uso da proteção facial, que era para ser usual, virou raridade. Entre estas exceções, estiveram a assistente administrativa Adriana Machado, 50, Pan Gnoatto, 21, e Miguel Souza, 21, que perderam o emprego durante a pandemia. "Tiramos a máscara somente quando ficamos no nosso círculo, para tomar sol. Chegamos cedo e isolamos nosso lugar. Mas quando viemos ao mar, ou mais próximo de outras pessoas, sempre usamos a máscara", conta Miguel. Além da máscara e protetor solar, outro artigo foi indispensável para o grupo. "Temos álcool em gel em casa e também trazemos um para a praia. Todos temos que nos cuidar", diz Adriana.
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