Com o decreto de emergência na saúde pública, divulgado na manhã desta sexta-feira (23), uma série de mudanças devem ocorrer nos próximos dias em Novo Hamburgo. Serão priorizados os atendimentos aos pacientes moradores do Município. Com isso, ficam suspensas as consultas e procedimentos das referências integradas ao Sistema Único de Saúde (SUS) de pacientes e usuários de outros municípios. O decreto tem validade de 120 dias.
A Prefeitura afirma que a falta dos repasses "compromete a continuidade do atendimento irrestrito no SUS, que é referência para várias cidades da região". O decreto foi implementado pela prefeita Fatima Daudt depois que o governo do Estado afirmou não garantir o pagamento de dívida do período entre junho e outubro, de R$ 9 milhões até o fim do ano.
Apesar do contingenciamento no Hospital Municipal, nas UBSs, USFs e UPAS, Fatima garante que a restrição deve afetar, principalmente, pacientes em busca de novos atendimentos. Segundo ela, a realização de exames e cirurgias já agendadas estão mantidas. Novos atendimentos "passarão por triagem", antecipa.
Às 13 horas, a prefeita dará uma entrevista coletiva à imprensa, explicando os detalhes do decreto de emergência.
- Hospital Municipal: atendimento restrito a casos de urgência e emergência, prioritariamente moradores de Novo Hamburgo;
- UPA Canudos e UPA Centro: atendimento restrito a casos de urgência e emergência, prioritariamente moradores de Novo Hamburgo;
- Unidades de Saúde de Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS): somente consultas clínicas, sem exames eletivos e laboratoriais.
- Os atendimentos pediátricos e para gestantes seguirão mantidos na Rede Municipal de Saúde de Novo Hamburgo;
- Cirurgias e exames já agendados anteriormente serão mantidos;
- Alta complexidade e a Oncologia permanecem inalteradas porque são mantidos com repasses do Governo Federal.