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Notícias | Região Violência e tiros para o alto

''Foram 10 minutos, mas parece que foi um dia'', relata vítima de assalto

Na noite de sexta-feira, dois assaltantes invadiram uma casa e fizeram uma família refém

Por Susi Mello
Publicado em: 02.12.2018 às 09:32 Última atualização: 02.12.2018 às 09:33

Uma família do bairro Campo Grande, na rua que leva o mesmo nome, em Estância Velha, viveu momentos de terror na noite de sexta-feira. Em apenas dez minutos, dois assaltantes invadiram a casa, fez os moradores de reféns, roubaram objetos e dinheiro e ainda assustaram vizinhos com disparos de arma de fogo na saída. Esse foi o cenário que um casal de 36 e 32 anos e a filha de 12 anos conviveram por apenas 10 minutos, mas que para o dono da casa, um profissional autônomo, parecia um dia inteiro.

O assalto aconteceu na Avenida Campo Grande. Conforme a Brigada Militar, dois homens armados renderam os moradores e levaram celular, um notebook e em torno de 500 reais. Eles fugiram a pé, pelos fundos da residência, em direção a um terminal de reciclagem. A ocorrência foi registrada na Delegacia Polícia Civil de Estância Velha, que está está investigando o caso.

"Eu só pedia para que não fizessem nada com minha milha e esposa"

Ontem (sábado) à tarde, a reportagem conversou com o dono da casa, um profissional autônomo, de 36 anos, que prefere não ser identificado. Enquanto concedia entrevista na grade da casa, com os cães em volta o tempo todo, familiares observavam na área da residência, espaço que foi utilizado para os assaltantes fazer primeiramente a mulher de refém e ainda dar uma coronhada na cabeça do pai de família.

ABC - Onde a família estava quando os assaltantes chegaram?
Eram sete horas da noite. A gente estava na cozinha tomando café. Estava eu, minha esposa e minha filha.

ABC - Como os assaltantes chegaram?
O nosso cachorro maior, que estava amarrado, começou a latir muito. Minha esposa foi no pátio ver o que era e foi surpreendida por um deles no pátio. Ele estava armado. Eles entraram pelos fundos de casa, que é cercado com tela. O restante do pátio é todo gradeado.

ABC - Qual foi a reação da família?
Quando fui na área de casa, atrás dela, vi ele com a arma e minha esposa. Eu tentei entrar em luta corporal e neste instante chegou o segundo (assaltante), que me deu uma coronhada com a arma na cabeça. Os dois estavam armados com revólveres.

ABC - E sua filha?
Eles levaram eu e minha esposa para dentro e minha filha estava na cozinha. Ali, eles amarraram minhas mãos para trás e disseram para todos deitarem no chão. Depois fomos levados para o nosso quarto (do casal), que foi chaveado.

ABC - O que eles queriam?
Eles queriam dinheiro e arma. Eles só pediam isso, mas falavam pouco. Ainda pediam para acalmar os cães que latiam muito.

ABC - O que eles levaram?
Ele levaram o celular de minha filha, um notebook e em torno de 400 a 500 reais.

ABC - Como eles eram?
Eles estavam encapuzados e com luvas. Eram morenos, aparentando entre 18 e 20 anos.

ABC - Quanto tempo durou a ação?
Foram 10 minutos, mas parece que foi um dia. Eu só pedia para que não fizessem nada com minha milha e esposa.

ABC - Como foi o desfecho?
A gente escutou eles saindo e uns tiros na rua. Não sei foi para botar medo.

ABC - O que fizeram depois?
Eu fui na Delegacia de Polícia registrar ocorrência. Depois me ligaram para reconhecer um homem que tinha sido preso, mas não sabia dizer se era ou não. Eles estavam encapuzados.

ABC - Como a família sente-se um dia após?
Com insegurança total. Eu tenho casa fechada e mesmo assim os "vagabundos" entraram. A gente tenta esquecer, mas é difícil. Espero que isso não aconteça mais.

Residências na mira

Assaltos a residências nos bairros Campo Grande e Lago Azul têm sido frequentes nos últimos meses. Segundo a Polícia Civil, os loteamentos são tranquilos e os bandidos aproveitam a oportunidade, principalmente, quando há descuido dos moradores. Antes de chegar em casa, a comunidade precisa observar movimentos estranhos ou carros desconhecidos estacionados nas proximidades. Não devem hesitar em ligar para a Brigada Militar, no 190, para a Guarda Municipal, no 153, ou para a delegacia, no 3561-1110. A Polícia também orienta a anotar placas de veículos suspeitos para facilitar eventual investigação.

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