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Notícias | Região Exemplo

Arte invade o câmpus do IFSul de Sapiranga

Com criatividade, alunos embelezam a unidade no município

Por João Victor Torres
Publicado em: 05.12.2018 às 09:06

Foto por: Inézio Machado/GES
Descrição da foto: Vitória e Emanuelle querem chamar a atenção para a cultura
As estruturas retangulares e de arquitetura bastante tradicional do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), no Câmpus de Sapiranga, viraram um refúgio para obras de arte de tamanho majestoso. Os alunos da instituição, em turno contrário ou quando possuem horários livres, podem elaborar projetos para transformar a parede de 10,3 metros de largura por 3,45 metros de altura em uma imensa tela.

Tendo como lápis um giz branco, como borracha a água e esponja, eles colocam a criatividade à mostra para encantar e embelezar a escola, num sobe e desce frenético das escadas para dar conta de tornar todo o território criativo.

A professora de Artes, Vânia Sommermeyer, criou o projeto A parede: ideias que se aderem, que tem o objetivo de tempos em tempos promover diferentes manifestações artísticas dos alunos. A proposta é, justamente, contrastar com a pegada mais séria e carrancuda dos conteúdos dos cursos de Ciências Exatas. "Não queremos nada fixo. A ideia é que seja transitório e, se não for o tempo, os próprios alunos vão apagar os trabalhos para que novos desenhos possam ser feitos", detalha Vânia.

A forma encontrada pela professora em atrair os estudantes foi apostar em uma maneira lúdica. "O resultado tem sido maravilhoso", complementa. Para participar, os alunos formulam um croqui que é aprovado pela professora e, após isto, ganham o "start" para iniciar seus desenhos.

Mãos à obra

Nesta terça-feira (4), as alunas do 3º ano do curso de eletromecânica Emanuelle dos Santos e Vitória da Costa, ambas com 18 anos, ainda trabalhavam na montagem do seu painel. A dupla apostou em uma obra que colocasse os colegas para pensar. "Resolvemos falar sobre a cultura da América do Sul. Observamos que, por vezes, olhamos muito para o Norte (América do Norte) e esquecemos das nossas coisas", disseram. Com isto, pretendem homenagear escritores, poetas, músicos e políticos latino-americanos.

O trabalho inicial

A primeira obra estampada no espaço foi um dragão, intitulado de “Busca pelo conhecimento”, desenhado pelos alunos Eduarda Alves e Carlos Reinheimer, ambos de 16 anos, do 2º ano do Curso de Informática. Segundo Vânia, a ideia surgiu dos concluintes do 4º ano que gostariam de deixar um legado às próximas turmas. Assim, eles fizeram a divulgação do projeto, criaram um jingle e elaboraram um site para as inscrições dos interessados em participar, que ainda está em construção.
A obra durou até o dia 24 de novembro, data em que choveu e o dragão foi apagado. “o projeto quer estimular a expressão dos participantes assim como enriquecer a observação e a curiosidade dos que passam, em diálogo com o entorno paisagístico e arquitetônico do campus e arredores”, explica Vânia.

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