Corsan recusa proposta de pagamento apresentada pela Comusa
Valores dizem respeito ao patrimônio da Corsan em Novo Hamburgo em 1998. Discussão em torno dos valores dura mais de duas décadas
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) recusou a proposta de pagamento da dívida apresentada pela Comusa Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo. Os valores dizem respeito à municipalização do abastecimento de água, efetivada em 1998. Após duas décadas de discussões nos tribunais, o processo chegou ao fim com ganho de causa da Corsan. Nos últimos meses, a Comusa havia aberto negociações com a empresa estadual.
O objetivo da direção da Comusa era encontrar uma equação para que a autarquia municipal assumisse os pagamentos de forma parcelada. “A direção da Corsan foi receptiva à negociação, porém, infelizmente não chegamos a um denominador comum. Nesse momento, estamos avaliando como realizar o pagamento dos valores com os precatórios já gerados pela Justiça”, explica o diretor-geral da Comusa, Márcio Lüders.
A estimativa é de que os valores totais dos débitos com a Corsan cheguem a R$ 220 milhões. O primeiro precatório vencerá no dia 31 de janeiro com custo de R$ 2,3 milhões. Os demais começam a vencer apenas em 2020.
Valores
A Comusa estuda agora como realizará os pagamentos dos valores que vencerão nos próximos anos. “Estamos buscando um formato que não comprometa a excelência dos serviços da Comusa e que nos mantenha com as tarifas mais baixas da região, o que já ocorre atualmente. Estamos em fase final desses estudos para viabilizar a quitação dos precatórios”, lembra Lüders.