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Notícias | Região Novo Hamburgo

Alvo de operação, vereador Fernandinho já havia sido preso em 2017

Parlamentar é suspeito de participar de suposto esquema de lavagem de dinheiro do tráfico

Publicado em: 12.12.2018 às 08:56 Última atualização: 12.12.2018 às 11:28

Foto por: Facebook-Fernando LourençoFL/Reprodução
Descrição da foto: Vereador Fernando Lourenço, o Fernandinho, está em seu primeiro mandato
O vereador de Novo Hamburgo Emerson Fernando Lourenço, o Fernandinho, do Solidariedade, alvo de operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (12) já havia sido preso em outubro de 2017. Ele foi detido em flagrante, em sua residência, no bairro Jardim Mauá, por posse ilegal de arma de fogo e receptação, pois a arma seria furtada. O revólver calibre 38 estava escondido embaixo do colchão de sua cama. O vereador foi solto no dia seguinte, após 30 horas de detenção, beneficiado por um habeas corpus.

Na época, a Polícia cumpria mandado de busca na casa do vereador dentro de investigação sobre homicídios ocorridos na Serra cujos autores seriam membros da mesma facção pela disputa de área de jogos de azar. Devido à apreensão de documentos, a Polícia de São Leopoldo iniciou, naquela época, a apuração de suposta lavagem de dinheiro praticada pelo vereador hamburguense.

Fernandinho está na primeira legislatura e participa da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Defesa do Consumidor e a Comissão de Obras, Serviços Públicos e Mobilidade Urbana. Sua base eleitoral é no bairro Canudos e no Atlético Clube Veterano, do qual já foi presidente por três vezes.

A operação de hoje, chamada de Consilium – que significa política em latim –, é um desdobramento de investigações feitas pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) que atingiram a célula de uma facção comandada por Juliano Biron. O traficante está preso no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Segundo a Polícia, Fernandinho teria recebido dinheiro do tráfico por meio do subsecretário de Obras Pedro André Arenhardt. Foram identificadas, ainda segunda a investigação, movimentações de dinheiro e outros negócios ligando os dois suspeitos ao traficante Juliano Biron. Entre 2012 e 2018, o grupo teria movimentado R$ 15 milhões.

A assessoria de imprensa de Fernandinho afirmou que o vereador "não tem nada a temer e se coloca à disposição para auxiliar no processo da Polícia, que está em seu papel". 

Arenhardt, não se manifestou até o momento. A Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que já pediu o afastamento do subsecretário das funções exercidas. 

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