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Notícias | Região Vale do Paranhana

Jovem fumava maconha quando atropelou policial militar em Taquara

Condutor confessou crime, mas disse que não viu a blitz

Por SILVIO MILANI
Publicado em: 26.12.2018 às 21:52 Última atualização: 26.12.2018 às 21:55

A cada prisão e depoimento, o caso insólito do sargento atropelado enquanto trabalhava em blitz em Taquara, na última sexta (21), ganha novos contornos surreais. Primeiro foi a prisão, no dia seguinte ao crime, do dono do carro e da namorada escondidos em um matagal. Eles admitiram estar no Corsa, mas disseram que o condutor era outro.

O suposto motorista, capturado na tarde de Natal (25) deitado à margem da RS-235, em São Francisco de Paula, também confessou. Contou que fumava maconha, junto com o casal de amigos, no momento em que atingiu o policial. E disse que não viu a blitz.

O delegado de Taquara, Ivair Matos Santos, já firmou convicção. Vai indiciar os três por tentativa de homicídio qualificado, que deve levá-los a júri popular. Para ele, o efeito da droga não significa que o atropelamento foi sem querer. "Temos as imagens como prova. Elas mostram que o condutor joga o carro contra o policial, que vai para o lado para se proteger, e o veículo vai na direção da vítima do mesmo jeito."

Intenção

Ivair frisa que ficou clara a intenção de fugir da barreira. "Se havia objetos ilícitos no veículo, era mais um motivo que tinham para isso." Ele explica que o indiciamento dos três, e não só do motorista, é porque todos têm responsabilidade no atropelamento. "Os três faziam uso de droga e queriam fugir da abordagem, sem se importar com quem estava na frente."

De acordo com o delegado, o condutor declarou que estava a 80 quilômetros, o dobro da velocidade permitida no ponto da blitz.

Sargento permanece em coma induzido


O sargento João Batista dos Santos Rogério, 51, segue em coma induzido no Hospital de Pronto Socorro de Canoas. As últimas informações são de que, apesar de estar sedado e entubado, o quadro de saúde do policial militar é estável. Além de fraturar a clavícula e a face, o sargento teve uma lesão neurológica e edema pulmonar.

O crime


O sargento e dois colegas faziam barreira na Ria Tristão Monteiro, próximo ao acesso à RS-115, no bairro Nossa senhora de Fátima, por volta das 22 horas de sexta-feira. Pelas imagens de uma câmera de videomonitoramento, é possível ver o momento em que Rogério vai ao centro da rua com uma lanterna, sinalizando para o Corsa estacionar. O condutor acelerou e o policial tentou desviar, mas foi atingido pela dianteira do automóvel e arremessado ao chão.

Casal responde em liberdade


O dono do Corsa, Marlon Richard dos Santos Schneider, 28, e a namorada, Tainá Fabíola da Silva, 19, também de Taquara, ficaram dois dias recolhidos. Presos na tarde de sábado em matagal na Rua Pedro Emílio Martins, no bairro Tucanos, ganharam habeas corpus na segunda-feira à noite. Marlon já estava no Presídio Estadual de Taquara e Tainá permanecia na delegacia da cidade à espera de vaga no sistema prisional.

Motorista aguarda vaga no presídio


Recolhido na delegacia de Taquara, Gustavo Machado de Moura, 25 anos, aguarda vaga no sistema prisional. A Polícia suspeita que ele tentava fugir. Dois brigadianos estavam indo para o trabalho, por volta das 18h30 de terça, quando o avistaram deitado atrás de uma pedra na RS-235, falando ao telefone. Era como se estivesse à espera de alguém. Ao abordá-lo, os PMs constataram que estava com mandado de prisão preventiva decretada por atropelar um colega. Moura é morador de Taquara.

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