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Fim da história: animais do Pampas Safari foram abatidos
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), por meio da assessoria de imprensa do Estado, divulgou nesta quinta-feira (27) uma nota oficial sobre o abate de 300 cervos, que teria acontecido em sigilo, em um abatedouro de Santa Maria do Herval. Foi confirmado que a operação ocorreu em um frigorífico entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro.
A nota afirma, no entanto, que a iniciativa aconteceu "sem nenhum tipo de sigilo nos procedimentos adotados", e que "foi realizado sob autorização do Ibama e seguiu todos os procedimentos normais de inspeção".
Confira abaixo a nota completa:
Sobre a situação dos cervos do Pampas Safari, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), seguindo sua metodologia de agir com total transparência e sem nenhum tipo de sigilo nos procedimentos adotados, informa que:
Após a constatação do foco de tuberculose na área do Pampas Safari, em agosto de 2017, recomendou o abate sanitário dos animais envolvidos. A decisão foi tomada porque, em caso de ocorrência de tuberculose, a recomendação técnica é para que o abate sanitário seja efetuado visando à eliminação do foco e o risco de contágio para outras espécies, inclusive seres humanos.
Em outubro de 2017, liminares judiciais impediram que o procedimento fosse realizado. Em 2018, os proprietários encaminharam para a Seapi os documentos que comprovavam a queda das liminares.
Sendo assim, a Seapi emitiu o laudo sanitário e a Guia de Trânsito Animal (GTA). A Seapi também esclarece que o abate foi realizado sob autorização do Ibama e seguiu todos os procedimentos normais de inspeção.
Entenda o caso
Foi em agosto do ano passado que a Justiça gaúcha proibiu o abate de 300 cervos do Pampas Safari. O pedido havia sido feito na época pela deputada Regina Becker Fortunati. O efeito suspensório não durou tanto quanto se imaginava e os 300 animais foram abatidos na ação tida como sigilosa.
O descontrole na saúde dos animais do Pampas Safari provocou a interdição do local por agentes de saúde no ano de 2013. Desde então, o parque está fechado e restrito para visitações do público. A razão seria uma endemia de tuberculose dos animais. A situação no local se transformou em polêmica quando, em agosto do ano passado, uma decisão coletiva do Ibama, do Ministério Público Federal e das secretarias de Agricultura, Pecuária e Irrigação e do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em sacrificar os 300 cervos que viviam no Pampas. Na época, o Ibama divulgou que a medida tinha como objetivo diminuir os riscos à saúde humana e aos animais nas imediações.
Ao que tudo indica, a morte dos cervos aconteceu de forma sistemática dentro do que é classificado como "abate humanitário", no qual se usa uma pistola de ar comprimido causando o abate instantâneo do animal.
