"Eles viviam bem, faziam declaração de amor um pro outro, sempre de forma carinhosa", afirmou José Bialoso nesta manhã de domingo (30), durante o velório da irmã Lúcia, que foi encontrada morta neste sábado (29), em Estância Velha. A vítima era companheira de Elivir Desiam, o Toco, que foi prefeito da cidade, e é tratado pela Polícia Civil como principal suspeito do crime de feminicídio. Toco também foi encontrado morto no sábado, após ter cometido suicídio no mar em Imbé.
Familiares, no entanto, afirmam que o casal mantinha uma boa relação e, além do casamento marcado, tinham planos de ter filhos juntos. "Ela jamais aceitaria ser amante de quem quer que fosse. Ela era uma mulher direita, trabalhadora, guerreira. Eles viviam muito bem. Só não aparecia porque não queria se promover. Ela mesma dizia que o político era ele, não ela, e por isso não precisava 'aparecer'. Ela só queria ser a esposa dele, ter uma vida feliz com ele, montar a casa deles como montaram. Ter filhos seria o próximo passo", afirma o irmão José, que diz ter ficado chocado com o ocorrido e não acredita que Elivir seja o autor do crime.
"A gente não acredita muito nisso, até pela boa convivência que eles tinham. Mas a gente não tem certeza, até porque o que estão dizendo hoje é isso. A gente precisa que seja investigado a fundo", diz José.
O caso é tratado pela Polícia como feminicídio. Lúcia foi encontrada morta na cozinha de casa na Avenida Sete de Setembro, no Centro de Estância Velha. Junto ao corpo, foram deixados 3 mil reais. Já Toco, foi encontrado sem vida no mar de Imbé. Ele é considerado o principal suspeito da morte da namorada.