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Notícias | Região Vai cair na água?

Salvamentos neste início de temporada já são o dobro do ano passado; veja dicas

Segundo Bombeiros, muitos banhistas se arriscam em locais impróprios para banho e em que não há a presença do guarda-vidas

Por Juliana Nunes
Publicado em: 07.01.2019 às 07:02

Foto por: Claudio Fachel/PalácioPiratini
Descrição da foto: Tramandaí: salva-vidas orienta banhistas
As ocorrências por afogamento aumentam durante a temporada de verão. Somente no primeiro final de semana do ano foram registrados três casos na região. No dia 30 de dezembro, um jovem de 18 anos morreu após se afogar no Rio do Sinos, na barrinha em Campo Bom. Ele estava com amigos quando entrou na água e não retornou mais. No dia 31 de dezembro, um jovem de 21 anos também foi vítima de afogamento em um balneário no Morro da Pedra, em Parobé. Segundo os bombeiros, ele teria ajudado o pai que estava se afogando e acabou sendo levado pelas águas. O pai foi salvo, mas o corpo do rapaz foi encontrado no dia seguinte.

O outro caso aconteceu na Cascata das Andorinhas, em Rolante. E de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) houve um aumento de mais de 50% nos salvamentos em relação ao início da temporada de 2017/2018. De 15 de dezembro até início deste ano, foram registrados 121 salvamentos nas praias do Estado. E para quem fica na região, o perigo é ainda maior.

Cuidados

De acordo com o comandante da 2ª Companhia do Batalhão dos Bombeiros Militar, major Alexandre Sório Nunes, muitos banhistas se arriscam em locais impróprios para banho e em que não há a presença do guarda-vidas. "Infelizmente é comum termos ocorrências de afogamentos na região durante a temporada de verão, especialmente em rios e lagos. O importante é sempre entrar na água onde houver a presença de um guarda-vida e sempre tendo vários cuidados, como não ingerir bebida alcoólica antes de nadar ou entrar na água após comer, precisa esperar pelo menos duas horas", alerta o major, que também lembra dos riscos de tentar ajudar alguém que esteja se afogando. "Jamais tente salvar alguém que está se afogando, geralmente nestes casos se tem duas vítimas. Pegue uma boia, uma corda ou galho para que a pessoa possa segurar e retornar", ensina.

Em cada ambiente, uma atenção especial

O comandante Sório traz dicas práticas para os banhistas curtirem o verão em segurança.

Mar

:: Ao contrário do que muita gente pensa, em locais em que não há muitas ondas o perigo é maior. "Quando eu não vejo a onda, a água esta puxando para dentro, onda é o mar empurrando para fora", conta major Sório

:: Entre na água somente próximo a guaritas com guarda-vidas

:: Evite ultrapassar o limite da "água no umbigo"

:: Em situação de perigo nada para o lado, não tente voltar para a superfície

:: Fique atento as cores das bandeiras. Azul significa encontro de criança; verde representa mar bom; amarelo indica mar perigoso, vermelho, banho desaconselhável e púrpura denota presença de águas-vivas

Piscina

:: Toda criança deve ser supervisionada por um adulto 

:: Observar as divisões das piscinas. Crianças apenas nas piscinas infantis, com profundidade menor

:: A piscina deve sempre ser cercada, principalmente as piscinas em residências, para evitar acidentes com crianças pequenas

:: Os clubes são obrigados a ter guarda-vidas. Certifique-se que o que você frequenta tem. Em balneários também deve ter ou o guarda-vidas ou um fiscal do clube apto para fazer salvamentos, Muito cuidado com os ralos. Verifique se eles estão tampados e evite ficar próximo aos ralos

Rios, lagos e cascatas

:: Nade apenas em locais próprios para banho. O Rio do Sinos, por exemplo, não é local próprio para banho

:: Nunca nade no sentido de atravessar o rio. Nade paralelo a margem e cuide a correnteza

:: Cuidado com a parte barrenta do rio. Pode ter caco de vidro, galhos, ferro, pedras

:: Não entre em águas poluídas. Você pode pegar doenças como hepatite e leptospirose 

:: Evite saltos. Nunca se sabe o que terá embaixo da água. Muitas vezes a pessoa acha que conhece o local, mas em rios, que são mananciais libres, pode haver deslocamento de tronco ou pedra e haver fatalidades

:: Muito cuidado com o remanso, que é aquele retorno que puxa o banhista para o fundo. Banhista sem muita experiência não é capaz de identificar o remanso

Reforço na praia

Neste verão a equipe da Operação Golfinho conta com reforço. Foram adquiridas 15 novas moto aquáticas para auxiliar na prevenção de afogamentos e no socorro aos banhistas. A corporação também tem dez quadriciclos que se somam aos outros dez utilizados em 2017/2018 para auxiliar em ocorrências por terra. E ao todo são mais de mil guarda-vidas no litoral norte, sul e balneários de águas internas de todo o Rio Grande do Sul.

Dados

Os acidentes são a principal causa de morte de crianças e adolescentes de um a 14 anos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.

Todos os dias, 10 crianças perdem a vida e mais de 300 são internadas por motivos acidentais no País. Até 90% de todos esses casos poderiam ser evitados.

A cada ano, mais de 1.100 crianças morrem afogadas, ainda segundo o Ministério da Saúde.

A maior incidência ocorre com crianças entre 1 e 4 anos com 422 casos, o que representa 37% do total.

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