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No fim de semana, teve muita música em São Chico, como é carinhosamente conhecida a cidade de São Francisco de Paula. Foram oito shows de atrações de dentro e de fora do País nos sábado e no domingo, às margens do Lago São Bernardo, que fica pertinho do Centro e é o cartão postal da cidade. A apresentação foi do ator Werner Schünemann, que concedeu entrevista exclusiva para o Jornal NH (leia a seguir).
O Paralelo Festival nasceu com a pretensão de unir qualidade e diversidade musical. "O evento busca ainda criar um ambiente onde a música, o lazer e a contemplação da natureza se deem de forma livre, fugindo do conceito dos festivais marcadamente comerciais. Por isso mesmo, o festival teve entrada franca e aconteceu em um espaço aberto, o Lago São Bernardo, que é uma atração à parte e um local de beleza indiscutível, e que fica localizado em São Francisco de Paula, uma cidade tranquila, segura e com uma população que crescentemente tem se aberto para eventos culturais e tem avançado na arte de bem receber os turistas", explica Paulo Heineck, o idealizador.
Como foi o convite para esse evento?
Werner Schünemann - Tenho participação neste evento, porque Paulo Heineck, o idealizador, é muito meu amigo. Há um ano, ele falou e achei a ideia muito boa pela grande amizade e tenho interesse em divulgar, porque vou entrar no próximo festival.
Mas o que achaste da ideia de realizar o Paralelo Festival?
Schünemann - O que acho legal é esse conceito de englobar gêneros musicais. Têm duas coisas importantes: é livre, não paga, e isso é muito importante. E, segundo, têm vários gêneros. Vai do blues, passa por jazz, por rock e chega em Demônios da Garoa e vai até Erasmo Carlos, um dos meus heróis de infância. E Demônios da Garoa, que conheço desde criança. Ao mesmo tempo, tem gente novíssima. Tem pessoal de Pelotas, de Caxias, tem uma menina de Porto Alegre que arrasa. Gosto da variedade de gêneros.
Por que o público deve ir a este festival?
Schünemann - Porque tem shows para todos os gostos, no mesmo palco, porque é de graça, num lugar lindo, numa cidade atraente. É um festival sui gêneris, não tem outro parecido no Brasil, de reunir todos os gêneros no mesmo palco. Tem um super blues, tem rock, tem MPB. É muito legal. Vale a pena no mínimo pelo lazer. Leve sua cadeirinha e assista música de altíssima qualidade.
E vai ter Paralelo Festival de inverno?
Schünemann - Vamos tentar Paralelo Festival neste ano ainda, mas não pode ser naquele lugar aberto maravilhoso, à beira no lago, porque no nosso inverno não dá. Mas podemos fazer tipo Ouro Preto faz, Campos do Jordão faz.
Esta segunda edição do evento também será em São Francisco de Paula?
Schünemann - Sim, será em São Chico. São Chico, quando era criança, no início dos anos 60, era o maior polo de turismo do Rio Grande do Sul. Não tinha mais nada: Gramado, Bento Gonçalves, Canela, Nova Petrópolis, São Lourenço, Cassino, nada disso. Por alguma razão perdeu essa primazia para o pessoal de Gramado e Bento Gonçalves, que abriu espaço e faz um belo trabalho. Mas a cidade (São Francisco) é bonitinha, tem estrutura hoteleira, não é do tamanho de Gramado, mas dá uma boa recepção para quem está la. Tenho ido muito para São Chico. É tão bonitinho, tem programação noturna, é um público diferenciado. Tem que levar DJs sensacionais de Porto Alegre, tanto homens quanto mulheres, para lá, para marcar São Chico como espaço de música.