Uma ação conjunta da Brigada Militar e da Polícia Civil de Lindolfo Collor prendeu na tarde desta segunda-feira (28), no Centro do município, um homem de 39 anos, acusado de estupro de vulnerável. Além do crime, ele é indiciado também por tráfico de drogas e formação de quadrilha. O padrasto já havia sido preso em abril do ano passado, de forma preventiva, pelo inquérito que apura o abuso sexual contra a enteada, na época do crime, com 12 anos de idade. Da violência, a menina engravidou e teve a criança, atualmente com um ano e sete meses.
Além da enteada, ele engravidou na mesma época também a companheira, de 35 anos, que é mãe da menina. A família negava que o padrasto fosse o pai do filho da enteada, no entanto, um exame de DNA confirmou a paternidade. O nome do acusado não é revelado para preservar a identidade da vítima e das crianças.
Junto com o casal, a adolescente e os dois bebês, mais duas pessoas moravam na simples casa na área central de Lindolfo Collor. A mulher tem mais uma menina, de outra relação, e um filho de seis anos com o acusado. A família vive com a aposentadoria do homem, que teve invalidez reconhecida, segundo ele, na época da prisão no ano passado, por problemas de visão.
É considerado estupro de vulnerável quando a vítima tem menos de 14 anos. A relação sexual é considerada crime mesmo com o "consentimento" da criança ou adolescente. A pena vai de oito a 15 anos de reclusão.
A investigação é ancorada pela Delegacia de Ivoti e começou por meio de denúncia anônima sobre abusos do padrasto contra a enteada, que assim como a mãe não admitia os abusos. O registro junto à delegada Michelle Arigony, foi feito pelo Conselho Tutelar e contou com acompanhamento do Ministério Público. Depois da prisão, realizada nesta segunda-feira, o padrasto aguardava na carceragem da DPPA de Novo Hamburgo uma vaga no sistema prisional.