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Notícias | Região Improviso no volta às aulas

Alunos voltam, mas luz ainda não retornou em duas escolas estaduais na Feitoria

Sem energia elétrica desde o temporal de dezembro, duas escolas iniciam o ano letivo improvisando

Por Priscila Carvalho
Publicado em: 20.02.2019 às 09:01 Última atualização: 20.02.2019 às 09:42

Foto por: Diego da Rosa/GES
Descrição da foto: Postes ainda estão caídos nas dependências da Escola Agrícola
A volta às aulas de duas escolas estaduais leopoldenses será exatamente igual ao término do ano letivo de 2018: sem luz. Atingidos pelo temporal do dia 14 de dezembro do ano passado, o Centro Estadual de Ensino Profissional (CEEPRO) Visconde São Leopoldo, conhecido por Colégio Agrícola, e a Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Dr. João Daniel Hillebrand, que ficam na mesma área, no bairro Feitoria, próximo à Casa do Imigrante, tiveram cinco postes, no total, derrubados pela ventania, dentre outros estragos. Com isso, houve falta de energia elétrica no ponto. Mais de dois meses depois, porém, o problema persiste. E, hoje, os cerca de 470 alunos dos dois educandários retornarão as aulas, de forma improvisada, para não perder o início de ano letivo, enquanto o conserto não é realizado.

Apesar de ter recebido os primeiros auxílios do governo do Estado, a morosidade e burocracia para a contratação de uma empresa para realizar as reformas impediu que as escolas estivessem em pleno funcionamento já neste 20 de fevereiro. O diretor da EEEF Dr. Hillebrand, Samuel Mendonça dos Santos, confirmou que a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) tem dado respaldo necessário à escola, mas os processos burocráticos atrasaram a resolução do problema, sendo que o contrato com a empresa vencedora da licitação para execução da obra foi assinado nesta segunda-feira, 18. Agora, a empresa tem o prazo de 30 dias para realizar o serviço.

SUBESTAÇÃO

“Os representantes do Estado vieram, fizeram o levantamento do que precisava de material para fazer a licitação e contratar a empresa que faria a obra. O dinheiro já está na conta da escola para fazer, só faltava a assinatura do contrato”, explicou, Santos, mencionando que as propostas foram apresentadas dia 21 de janeiro, mas que era preciso esperar os prazos legais para que outras empresas recorressem para, então, assinar o contrato com a vencedora. Ela deve começar os trabalhos de retirada dos postes antigos e de puxar novamente a fiação para a subestação que fica nas dependências da Dr. Hillebrand, mas que destina energia também para a CEEPRO. Entretanto, ainda não há certeza, de quando começa o serviço no local.

Aulas com horário reduzido

Além de um poste, galhos de árvores e telhas também foram quebradas com a ventania de dezembro na EEEF. Porém, como a parte de cima é de laje, a chuva não entrou nas salas. Segundo Santos, a Prefeitura também ajudou a escola, cedendo um caminhão para o recolhimento dos restos de materiais. “Tivemos todo apoio, tanto da Prefeitura como do Estado”, diz.

Apesar disso, a lentidão no reestabelecimento da energia no local, deve afetar os primeiros dias de ano letivo, que começam hoje. Para minimizar os problemas, o diretor informou que as aulas terão horário reduzido. “Vai ser bem difícil em função do calor, mas vamos pedir pra que os estudantes e professores tragam água de casa”, ponderou. No turno da noite, os alunos da turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) devem ter aulas das 18h15 às 20h. “Para não perder o dia e não desmobilizá-los, principalmente no EJA, porque são alunos que vem de múltiplas evasões”, acrescenta Santos.

 

Agrícola recomeça com gerador emprestado

Foto por: Diego da Rosa/GES
Descrição da foto: Quadra da escola Escola Agrícola também foi danificada pelo temporal
No CEEPRO, onde, além dos quatro postes, o temporal também derrubou árvores, galhos e destruiu as grades da quadra esportiva, a energia elétrica do local está sendo garantida por conta de um gerador, que foi emprestado ao educandário pelo Mercado das Frutas. Para tanto, porém, o diretor Francisco Andrade Machado afirma que os custos do equipamento estão sendo pagos pela escola.

“Temos um custo enorme de diesel pra manter a energia. Estamos bem preocupados. O Estado custeou até agora 40 dias mais ou menos. Pedimos mais uma suplementação, pois já estamos devendo no posto”, destacou o diretor, complementando que fora o custo de transporte, instalação e manutenção, a escola já pagou em torno de R$ 6 mil e, desde o início do mês, está devendo cerca de R$ 3 mil para o posto de combustíveis onde pega o diesel para o gerador.

“Fizeram o levantamento de todos os estragos estruturais, mas ainda não temos previsão de quando consertarão”, ressalta Machado. Para poupar energia, as salas de aula não terão os aparelhos de ar-condicionado ligados neste início de ano letivo. Além da estrutura da escola, que tem 210 alunos em turno integral, na área do Agrícola também residem 4 professores e 1 policial militar. O local também possui animais: são cerca de 50 galinhas, 30 coelhos, 15 porcos, 10 ovelhas e 2 vacas.

 

O que diz a Seduc

Em resposta, a Seduc confirmou que já fez a contratação da empresa para o conserto da rede elétrica das duas instituições, que tem um investimento de cerca de R$ 65 mil, com um prazo de até 30 dias para ser concluído. “A Seduc ressalta ainda que está em processo de licitação do conserto da parte da estrutura da CEEPRO que também foi danificada com o temporal”, conclui o texto.

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