O Ministério da Educação (MEC) enviou a escolas de todo o país uma carta com uma mensagem do ministro Ricardo Vélez Rodríguez para os estudantes, professores e demais funcionários neste início de ano letivo. A carta pede que a mensagem seja lida e que o Hino Nacional seja cantado por alunos e demais integrantes das escolas. Segundo o MEC, não é uma obrigação e as escolas que desejarem poderão fazer voluntariamente. A atividade, conforme o ministério, faz parte da política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais.
De acordo com nota publicada pelo MEC, a carta diz o seguinte: "Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!".
Após a leitura, pede-se que todos fiquem perfilados diante da bandeira do Brasil, se houver na unidade de ensino, e que seja executado o Hino Nacional.
"Para os diretores que desejarem atender voluntariamente o pedido do ministro, a mensagem também solicita que um representante da escola filme (com aparelho celular) trechos curtos da leitura da carta e da execução do hino", diz a pasta.
Os vídeos podem ser encaminhados por e-mail ao MEC e à Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Os vídeos devem ter até 25 MB e a mensagem de envio deve conter nome da escola, número de alunos, professores e funcionários.
Em Novo Hamburgo, a secretária Municipal de Educação Maristela Guasselli, não foi informada pelo MEC. Ela disse que soube da medida, enviada por e-mail diretamente para as escolas, pelos diretores. "As escolas receberam o e-mail do MEC. Pelo censo escolar eles têm estes e-mails registrados e enviaram direto para as escolas, a secretaria de Educação não recebeu nenhum contato sobre isso. Eu soube porque os diretores me ligaram falando sobre esta carta", diz a secretária, que ressalta ainda a não-obrigatoriedade do ato nas escolas do Município. "Cada escola em Novo Hamburgo já tem seu momento cívico, é de praxe. E este momento sempre foi livre. Sob o meu ponto de vista não haverá determinação, as escolas seguirão livres, como já são no momento", afirma.