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Notícias | Região Doce sabor

Pitaya começa a florescer na região

Fruto é considerado exótico, mas possui propriedades importantes à saúde

Publicado em: 26.02.2019 às 11:10

Foto por: João Victor Torres/ GES-Especial
Descrição da foto: Começo de curioso: Kopper projeta aumentar produção no próximo ano
Mesmo que ainda não figure entre as mais populares, a pitaya desperta os olhares de uma parcela significativa de brasileiros. Seu formato peculiar e sabor diferentes, o fruto é popular em países da América Central, assim como parte da Ásia, onde é cultivada. Não é incomum encontrar produtores dedicando áreas ao seu cultivo na região, como em Novo Hamburgo e outras cidades. A origem do nome é indígena e significa fruta escamosa, também conhecida como fruta-dragão, por essa característica.

Ernancio Werno Kopper, 68 anos, afirma que desde 2016 se dedica às pitayas e tudo começou pela curiosidade. Dono de um atelier de costura, até pouco tempo atrás, resolveu apostar na agricultura. “Nasci no interior, mas jamais imaginei que essa plantação chegaria ao que está hoje”, afirma. De lá para cá, Kopper precisou dividir sua produção em duas frentes. No bairro Paulista, em Campo, tem 800 pés. E no município de Santo Antônio da Patrulha, mais 1,2 mil. A meta para o próximo ano é chegar aos 3 mil. “Aqui, em Campo Bom, não tenho mais espaço. Vou aumentar a produção de Santo Antônio”, comenta. A decisão partiu por motivos antagônicos, mas que, de certa forma, se complementaram. “Tinha terrenos parados, só pagando imposto, então comecei a mexer com a pitaya. Comecei a estudar, aprender e decidi plantar”, cita. “Cada pé, após quatro anos, chega a pesar entre 800 a 1,2 mil quilos. É muito pesado”, reforça. Quem acaba se dirigindo ao pomar deKopper, impressiona-se com a beleza da fruta. Quando atinge a fase madura, cada pé pode ser responsável por uma concentração de 15 a 25 quilos de pitaya, o que representa uma boa margem de produção, especialmente para o produtor que aposta boa parte de seus cultivos na agricultura urbana.

Como uma das receitas elencadas para a boa safra obtida nesse ano, adverte que a espécie precisa de cuidados bem específicos. “A pitaya precisa de muito sol, mas tudo começa a partir do solo. Um bom tratamento da terra é fundamental para a fruta ter um bom desenvolvimento”, afirma. A partir da polpa, a pitaya pode ser consumida pura ou como suco, mas há diversas outras formas de encontrá-la e deliciar-se. “Até produtores de cerveja têm procurado adquirir o fruto para utilizá-lo.”

Nutricionista ressalta benefícios da pitaya

Fruto considerado como exótico, a pitaya possui adaptação aos climas tropicais. Entretanto, não são apenas os aspectos relativos ao tempo ou a localidade que tornam a espécie atrativa, tanto a consumidores como aos produtores.

Segundo explica a nutricionista Aline Furlan, seus benefícios à saúde também devem ser observados. “Ela contém a cada 100 gramas em torno de 60 quilocalorias (Kcal) e é considerada muito nutritiva por conter quantidades importantes de vários nutrientes como: proteína, carboidratos e excelentes quantidades de minerais (ferro, magnésio), vitamina C, antioxidantes e fibras, além de possuir baixo teor de gordura”, diz.

Por conta disso, a nutricionista ainda reforça que os antioxidantes presentes na composição da fruta “protegem as células e tecidos de moléculas instáveis chamadas radicais livres, que estão ligadas a doenças crônicas e ao envelhecimento precoce”, comenta. “Esses compostos ajudam a diminuir os níveis do LDL (colesterol ruim) e células potencialmente cancerígenas além de melhorar o funcionamento de células nervosas. Suas fibras promovem um maior equilíbrio na absorção e assimilação dos açúcares e gorduras”, acrescenta Aline.

Além disso, existem poucos relatos de contraindicações e alergias geradas por seu consumo, o que potencializa sua recomendação de consumo. “Tem muito a oferecer a uma alimentação balanceada e de qualidade. É agradável ao paladar, podendo ser apreciada sozinha ou em receitas saudáveis e de fácil preparo”, lembra a nutricionista.

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