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Notícias | Região Arte

Jazzenhando reúne artistas e interessados nas quintas-feiras

Encontros ocorrem na Casa CDL

Por Susi Mello
Publicado em: 28.03.2019 às 09:22 Última atualização: 28.03.2019 às 09:33

Foto por: Inézio Machado/GES
Descrição da foto: Encontros ocorrem às quintas-feiras na Casa CDL
Há quem use lápis, lapiseira, caneta ou nanquim. Vale ainda carvão vegetal ou tintas e pincéis. Todos são essenciais para que nas folhas brancas e coloridas surjam formas diferenciadas pelas mãos de apaixonados por desenhos e jazz. Esse é o clima do Jazzenhando, uma iniciativa que nasceu no ano passado em um encontro dos artistas plásticos Leonardo Lessa, Gabriel Desenha e Marcelo Lenko, ganhou mais adeptos e está aberta a quem tiver a mesma paixão.

Os artistas reuniam-se no Studio Elledue, em Hamburgo Velho, e desde a semana passada estão em novo local, a Casa CDL, localizada na Rua Domingos de Almeida, 718, no Centro. A iniciativa gratuita, todas às quintas-feiras, das 19 às 22 horas, não é curso, nem oficina. “Somos simpatizantes que gostam de desenhar e escutar jazz”, resume Lessa, que é também diretor de cultura da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) hamburguense.

A participação é espontânea, tanto de artistas como de quem não é. “A intenção é que seja algo para descontrair e que tenham vontade e disponibilidade. Nada é obrigatório. É uma reunião de pessoas que gostam de desenhar e escutar jazz”, explica.

Troca de ideias

Na quinta-feira da semana passada, por exemplo, além de Lessa, tinham mais seis adultos, entre arquiteto, webdesigner, técnico em química e artistas plásticos, e um menino de 8 anos, filho de participante. Bala Blauth, 57 anos, fotógrafa e artista plástica, participava pela primeira vez. “Resolvi vir para uma troca de experiências e aprender outros processos criativos”, declara Bala, que trabalha com desenho plano. Ela conta que sua vontade é misturar arte com fotografia.

Lessa detalha que cada um tem a sua técnica. É a oportunidade de evoluir, de trocar experiências, referências, bibliografias. “É isso que empolga, que fideliza quem gosta de ficar aqui. Temos desenhista de grafite, com sombreamento, pintores, aquarelas, carvão, sem restrições. Tudo é desenho. Não estamos limitando ninguém. Estamos abertos a técnicas que outras pessoas querem evoluir”, resume Lessa.

Gabriel Desenha

Gabriel Desenha

26 anos, artista autônomo

Ele usa grafite, nanquim, aquarela para desenhar especialmente meninas, monstros e personagens estilizados. Ao lado de Leonardo Lessa e Marcelo Lenko, deu forma à iniciativa no ano passado.

O artista diz que tem uma necessidade de encontrar as pessoas e acrescenta que
essas reuniões também proporcionam conhecer outras formas de desenhos.

Marcelo Lenko

Marcelo Lenko

26 anos, artista plástico

“Desenho desde sempre”, dispara Marcelo. Nos encontros de quintas-feiras, ele está experimentando carvão, tinta acrílica e a óleo, grafite, giz pastel. Seus desenhos são feitos
em folhas brancas e coloridas, caixas de papel, jornal e papel cartão.

“É bom estar perto de quem gosta de desenhar”, sublinha, referindo-se ao Jazzenhando.

Guilherme Gomes

Amantes da música e do traço: encontros ocorrem às quintas-feiras na Casa CDL, das 19 às 22 horas

30 anos, técnico em química

O morador de São Leopoldo tem no lápis e na caneta suas parceiras para desenhar especialmente personagens em quadrinhos. Ele está no grupo desde novembro de 2018.

“Fui convidado a participar quando estava em um evento de artes digitais e estou achando muito
bom”, conta.

Sua intenção é voltar para a técnica de desenho em aquarela.

Bibiana Momberger, 33 anos, webdesigner

Bibi com seu filho

Autodidata, desenha desde os 17 anos

Com a técnica de desenho hiperrealista com grafite (lápis graduado), ela dá forma aos rostos, especialmente feminino. Agora trabalha em uma série intitulada “Ane”, com divas da década 40/50.

“Essa série traz lembranças da minha madrinha, pela delicadeza e sutileza”, conta “Bibi”, como é carinhosamente chamada.

Além dos encontros nas quintas-feiras, ela desenha duas horas diariamente. E a paixão vai atraindo outras pessoas, como seu filho. Ao lado dela, Mateus Momberger Cibeira, 8, também já faz suas inserções com o desenho, acompanhando-a no Jazzenhando.

Regis Bondan

Régis Bondan

37 anos, arquiteto

Gosta de desenhar paisagens urbanas com tintas acrílicas e carvão. Ele acredita que a paisagem urbana é um reflexo do social e, dessa forma, consegue entender a sociedade. Bondan está há um ano no Jazzenhando, mas já havia exposto seus trabalhos. Embora um hobby, ele já pensa em transformar essa paixão por desenho em trabalho.

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