Um prédio caindo aos pedaços, com fiação exposta, paredes com rachaduras que dão a impressão que podem desabar a qualquer momento, infiltrações que tomam toda a parede, um cheiro de mofo insuportável, condições sanitárias dignas de um prédio abandonado e o risco permanente de incêndio, devido às precárias instalações elétricas. Esta é descrição feita pelo Sindicato dos Agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (UGEIRM) após visita à 2ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, localizada no bairro Santo Afonso.
A situação encontrada no local é tão crítica que levará o sindicato a pedir a interdição do prédio ao Ministério Público (MP). Também será encaminhada uma requisição de vistoria ao Corpo de Bombeiros, já que o local não tem PPCI – Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios, e à Vigilância Sanitária. Um estudo da chefia da Polícia Civil apontou que a unidade é uma das delegacias do Estado em piores condições.
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Ugeirm / Divulgação
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"Há alguns anos, tivemos um caso em Santa Maria, onde todos os policiais contrariam leptospirose por conta das condições da delegacia. A 2ªDP de Novo Hamburgo está quase lá, a estrutura é insalubre", afirmou Isaac Ortiz, presidente da UGEIRM, em entrevista ao programa ABC Agora, da Rádio ABC.
Ortiz destacou ainda que há dez anos a 2ª DP enfrenta problemas na estrutura, mas que chegou ao limite no último ano. "Temos compreensão que o delegado Ranolfo (Vieira, secretario de Segurança do Estado) e a delegada Nadine (Anflor, Chefe de Polícia do Estado) estão trabalhando para melhorar a situação. Se tivesse que fazer uma crítica, seria a última gestão que deixou a situação chegar onde chegou", afirmou. "A delegacia não é só um local de policiais, mas crianças, idosos, a população frequenta o local."
A 2ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo é responsável por investigações nos bairros Santo Afonso, Ideal, Industrial, Liberdade, Lomba Grande e Rondônia, assim como nas vilas Integração, Palmeira e Flores.