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Descrição da foto: Vítima acabou caindo morta ao lado do veículo em que estava com a mulher o o filho do casal
Segundo testemunhas, Bitencourt havia estacionado o veículo na Avenida Brasília, em local de grande movimentação de pessoas, instantes antes da chegada dos atiradores. A família havia ido ao local para comprar um lanche.
Segundo a Polícia, Bitencourt ainda estava dentro do automóvel, sentado no banco do motorista, quando os suspeitos chegaram ao lado da porta e efetuaram os disparos. Mesmo atingido por, pelo menos, quatro disparos no tórax e abdome, Bitencourt ainda tentou escapar passando para o banco do carona, mas acabou caindo morto ao lado do veículo. A mulher foi atingida sem gravidade em um dos braços e a criança, que estava na cadeirinha, ferida em uma das pernas e em um dos braços. Mãe e filho foram socorridos ao hospital da cidade e transferidos para o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), onde permaneciam internados até a manhã desta quinta-feira (18). O estado de saúde deles não foi informado.
A vítima, segundo a Polícia, possuía antecedentes por tráfico de drogas e estava em liberdade condicional desde outubro do ano passado. Dentro do veículo, foram encontradas porções de drogas embaladas para a venda, o que faz com que uma das linhas de investigação da Polícia Civil para a motivação do crime seja a do envolvimento de Bitencourt com o tráfico.
Conforme o delegado titular da DP de Portão, Ayrton Figueiredo Martins Júnior, os atiradores portavam pistolas calibre 9 milímetros e teriam efetuado, pelo menos, 13 disparos contra o carro da vítima. Imagens de câmeras de videomonitoramento de residências e estabelecimentos comerciais próximos ao local do crime deverão ser analisadas na tentativa de identificação da placa da moto bem como dos suspeitos. “As investigações estão em andamento”, conclui.
Este foi o sexto homicídio do ano em Portão e o segundo registrado na cidade no intervalo de menos de uma semana. No domingo (14), o corpo de Paulo Ricardo Lima da Silva, de 61 anos, foi encontrado no pátio da casa dele, na Estrada da Cachoeira. Segundo a polícia, ele teria sido assassinado com um tiro na cabeça. O corpo de Silva foi descoberto por um vizinho, no domingo à tarde, próximo da cerca. Como no local havia arames e ferramentas no chão, a suspeita, segundo o chefe do setor de investigação da DP de Portão, Fabrício Rempel, é de que Silva estivesse trabalhando no cercamento da residência, onde morava sozinho, quando foi atingido pelo disparo. A casa estava aberta e sem sinais de arrombamento. Conforme Rempel, há indícios de que a Silva teria sido morto no dia anterior, no sábado. Ele não possuía antecedentes.
Os outros quatro homicídios registrados na cidade em 2019 ocorreram durante o mês de janeiro, nos dias 1º, 20 e 31 nos bairros Portão Velho, Invasão dos Pinheiros e Estação Portão e em março, no bairro Parque Neto e tiveram como vítimas, respectivamente homens de 35, 25, 26 e 42 anos. No ano passado, no mesmo período a cidade havia registrado três mortes violentas. Um caso de feminicídio ocorrido no dia 18 de março, no bairro São Jorge e dois homicídios, em 8 e 13 de abril, nos bairros Liberdade e Portão Velho. A cidade fechou 2018 com 12 assassinatos, dois a mais que o ano retrasado.
